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Washington Adverte Políticos Quenianos


O governo americano anunciou que enviou cartas a 15 destacados dirigentes quenianos que são visto como estando a impedir a concretização de reformas governativas chave. O embaixador americano no Quénia adiantou, a propósito, que o governo americano irá proibir a entrada no país a alguns dos visados, nas próximas.

As referidas cartas foram enviadas a entidades quenianas e foram assinadas pelo secretário de Estado adjunto americano para os Assuntos Africanos, Johnie Carson, e não faz qualquer referência às potenciais proibições de entrada nos EUA, mas adverte-os de que "o seu futuro relacionamento" com Washington depende do seu comportamento em ajudar o processo de reformas políticas no Quénia.

Muito embora os nomes dos destinatários das cartas não tenham sido revelados, o embaixador americano Michael Ranneberger disse que se incluem secretários permanentes de ministérios, de membros do Parlamento e outras destacadas personalidades.

O anúncio agora feito segue-se a meses de ameaças feitas por destacados elementos da administração americana relativamente a alguns líderes quenianos, pressionando-os a avançar com as reformas que estão a causar uma grande tensão nas relações entre os dois países.

Entre os passos que os EUA querem ver dados destaque para a revisão das instituições policiais e judiciais, o combate à corrupção, a criação de uma comissão eleitoral permanente, a finalização da revisão da constituição e a apresentação à justiça dos responsáveis pela violência política.

Disse o embaixador americano: "Estes passos reflectem a mensagem do presidente Obama e da Secretária de Estado Clinton enviada repetida e claramente: de que estamos profundamente preocupados pela ausência da implementação de elementos chave das reformas e, embora queiramos ajudar o processo, não iremos ficar de braços cruzados face aqueles que não apoiam as reformas e que apoiam a violência como meio para atingir fins políticos."

As referidas reformas são parte integrante do acordo que foi mediado pelo antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e pôs termo a impasse post-eleitoral entre o presidente Mwai Kibaki e ao agora primeiro-ministro Raila Odinga, com o objectivo de pôs fim a semanas de violência política.

De novo o embaixador Ranneberger: "Se prestarem atenção, estas cartas estão datadas de Washington. Existem uma crescente frustração ao mais alto nível. Apesar da retórica e das declarações feitas pelas comissões, quase nada aconteceu!"

O embaixador americano em Nairobi adiantou ter já recebido alguns telefonemas de pessoas visadas. Manifestando disposição em dialogar.

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