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Obama e o Novo Plano Anti-Míssil Europeu


O presidente Obama desistiu dos planos de instalar um sistema de intercessão de mísseis na Polónia e um equipamento de radar na República Checa.Trata-se de uma mudança dramática da política da administração Bush que criou grandes tensões com a Rússia.

O presidente Obama afirmou que abandonou a proposta da administração Bush e substituiu-a com um plano mais flexível e efectivo.

"A melhor forma de avançar responsavelmente a nossa segurança e a dos nossos aliados é montar um sistema de defesa contra mísseis que melhor responda às ameaças que enfrentamos e que utilize tecnologia que seja tanto provada como menos dispendiosa."

Obama afirmou que a sua decisão baseou-se em grande parte por novas informações que indicam que o Irão está focado no desenvolvimento de mísseis de curto e médio alcance. A política original de defesa contra mísseis era baseada na assumpção de que Teerão estava em busca de uma capacidade de longo alcance.

"Este novo programa de defesa de mísseis balísticos enfrentará melhor a ameaça colocada pelo actual programa de mísseis do Irão."

Obama afirmou que a mudança na política foi também devida aos avanços na tecnologia, incluindo melhorias em interceptores baseados em terra e mar e sensores que os suportam.

Obama disse que esses sistemas melhorados serão gradualmente instalados a partir de 2011. Ao abrigo do seu plano o grande radar centralizado proposto para a República Checa não será necessário, assim como a geração inicial de interceptores planeados para a Polónia.

"De uma forma simples, a nossa arquitectura de defesa contra mísseis na Europa fornecerá uma mais forte, mais inteligente e rápida defesa das forças americanas e dos aliados da América."

O presidente Obama fez o anúncio na Casa Branca depois de ter informado os presidentes da Polónia e da República Checa. Disse que a decisão de abandonar o velho plano de defesa contra mísseis de nenhuma forma diminui o empenhamento da América na sua segurança.

A mudança de política estará certamente na próxima semana na agenda quando o presidente Obama se encontrar com o presidente russo Dmitri Medvedev tanto na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York como na cimeira do G-20 em Pitsburgo, na Pensilvânia.

Líderes republicanos no Congresso foram rápidos em criticar a decisão de Obama. Numa declaração escrita, o líder da minoria republicana na Câmara dos Representantes, John Boehner, acusou a Casa Branca de dar poder à Rússia à custa dos aliados europeus da América.

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