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RDC: Ndahimana foi capturado


Tropas congolesas detiveram um dos maiores suspeitos dos crimes cometidos durante o genocídio do Ruanda. Um antigo presidente de câmara vai ser apresentado ao tribunal especial na Tanzânia.

O porta-voz do governo congolês, Lambert Mende confirmou que o exército congolês capturou o fugitivo Ndahimana na região leste da Republica Democrática do Congo.

‘Gregoire Ndahimana foi detido pelas nossas tropas no Kivu Norte num grupo do FDLR que combatia no local, as nossas forças.’

O fugitivo estava escondido entre os elementos das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda, vulgarmente conhecida pela sigla FDLR.

A Republica Democrática do Congo e o Ruanda tem estado envolvidos este ano em operações militares conjuntas contra a FDLR, composta essencialmente por étnicos Hutus responsáveis pelo genocídio no Ruanda de 1994.

Ndahimana foi capturado quando procurava alimentos entre a população local, indo a julgamento em Arusha, na Tanzânia perante o Tribunal Internacional para o Ruanda.

O tribunal tinha indiciado o fugitivo por genocídio, ou cumplicidade com genocídio, conspiração para cometer genocídio, e ainda crimes contra a humanidade. Acusado ainda de conspirar com um sacerdote e a milícia local de extermínio da minoria Tutsi.

Admite-se que a quase totalidade dos seis mil tutsis que viviam na localidade onde o fugitivo era presidente de câmara tenha sido morta no decurso da onda de violência étnica. Mais de dois mil foram mortos quando a igreja onde tinham procurado refúgio foi destruída, alegadamente a pedido do sacerdote local.

A acusação indica que as autoridades locais iniciaram os ataques contra os Tutsis para fazer abandonar as residências e procurarem refúgio na igreja.

As autoridades enfraqueceram os refugiados através da degradação das condições sanitárias e de contínuos ataques contra a igreja ate que decidiram destruir o edifício.

Doze acusados pelo tribunal continuam a monte.

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