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Primeira Latino-Americana no Supremo Tribunal


O presidente Barack Obama e organizações hispânicas aplaudiram a votação do Senado dos EUA confirmando a nomeação da juíza Sonia Sottomayor para o Supremo Tribunal.

Sonia Sotomayor vai ser empossada no cargo este sábado, tornando-se na primeira pessoa de ascendência latino-americana e a terceira mulher na história dos EUA a integrar o Supremo Tribunal dos EUA.O presidente Obama manifestou-se satisfeito com a decisão do Senado – 68 votos a favor, 31 contra - manifestado a sua admiração pelo intelecto, temperamento, integridade e independência de Sottomayor.

Disse Obama: "São ideais pelos quais ela lutou durante toda a sua carreira e foram esses que o Senado reconheceu ao quebrar mais uma barreira e fazendo-nos avançar mais um passo no sentido de uma união mais perfeita."A juíza Sotomayor, de 55 anos de idade, nasceu em Nova Iorque, filha de pais porto-riquenhos e passou a maior parte da sua juventude em bairros de renda económica subsidiados pelo Estado.

Marie Watteu, uma porta-vos da organização de protecção dos direitos dos hispânicos, o Conselho Nacional da Raça, disse que a nomeação de Sotomayor foi um passo em frente para todo o país: "Mostra, finalmente, que estamos a ser representados, que estamos sentados à mesa do poder. Votámos em número recorde nas eleições presidenciais de Novembro e agora temos uma juíza no Supremo Tribunal. Isso mostra a força da nossa comunidade neste país."

Alguns senadores republicanos discordaram da posição do presidente Obama, quando este nomeou Sonia Sotomayor. O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell disse recear que Sotomayor poderia não ser uma juíza independente por sublinhar a sua latinidade. Outros republicanos opuseram-se à nomeação de Sonia Sotomayor porque, há um ano atrás, esta terá dito que a sua origem étnica faria de si uma melhor juíza que um jurista branco.

Sottomayor vai substituir no Supremo Tribunal o juiz David Souter, um liberal nomeado por um presidente republicano, que agora se vai reformar. Para garantir a independência dos juízes do Supremo em relação ao poder político, estes não podem ser demitidos e a sua nomeação é vitalícia, pelo que o seu afastamento só se faz por vontade expressa do próprio magistrado.


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