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Julgamento em Dili


Para os acusadores públicos o cérebro da tentativa de assassinato da liderança leste timorense foi Angelita Pires, australiana de origem timorense.

Angelita mantinha uma relação com o líder rebelde Alfredo Reinaldo, morto no ataque contra o presidente Ramos Horta. Segundo os acusadores Angelita suplicou a Reinaldo que matasse a elite política leste-timorense.

Angelita está agora a ser julgada em Dili, juntamente com 26 suspeitos rebeldes, num caso que deverá levar meses.

Mas Angelita Pires nega as acusações insistindo ser vítima de uma conspiração.

"Tudo isto és uma invenção, uma armadilha. Sou inocente e vou dizer ao mundo que não há justiça em Timor Leste. Que a justiça serve (apenas) os interesses de uma meia dúzia de poderosos indivíduos. Que não há justiça para o vulgar cidadão."

A equipa de defesa de Angelita sustenta que o caso contra ela é infundado.

A ré é acusada de envolvimento no ataque em 2008 contra Ramos Horta, em Dili, que o deixou à porta da morte com ferimentos de balas. Horta foi gravemente ferido e salvou-se devido à intervenção rápida dos capacetes azuis que o transferiram para um hospital na Austrália.

O ataque contra Horta e a tentativa de assassinato do então primeiro-ministro Xanana Gusmão, que escapou ileso, forçaram as autoridades a declarar o estado de emergência.

Os suspeitos dos ataques são antigos soldados, que se encontravam em fuga, desde as manifestações anti-governo de 2006, de que resultaram mais de 30 mortes. Protestos causados pela decisão de despedir 600 soldados que se queixavam do salário auferido e de discriminação.

Timor Leste continua a tentar construir uma sociedade estável e a impulsionar a sua economia, sete anos após a sua independência.

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