Entretanto,na sequência das acusações que lhe foram feitas, o PAIGC reagiu, emitindo um comunicado que trnascrevemos: "Vindo de onde vem, não espanta, nem compromete, pois todos os guineenses sabem por experiência própria que o desespero conduz sempre ao surgimento de situações de salve-se quem poder" - é desta forma que o PAIGC começou por reagir as acusações do Director da Campanha do PRS, Baltazar Alves Cardoso, segundo as quais, Malam Bacai Sanhá, teria recebido o apoio dos países árabes e do grupo terrorista Al-Qaeda para depois, em caso da vitoria, ceder uma ilha dos Arquipélagos dos Bijagós a estes interesses. Também se disse que Carlos Gomes teria afirmado que, se Bacai Sanha vencer o escrutínio do dia 26, vai "correr" com todos os oficiais balantas.
Para o PAIGC, conotar o seu candidato com a organização Al-Qaeda, para além de constituir, em si, uma grande "mentira", é também para a interpretação que o PAIGC faz um acto de racismo e de uma grande e clara manifestação xenófoba e de "anti-muçulmanismo", o que nada tem a ver a ideologia partidária do PAIGC. Sobre as Forças Armadas, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde, informa que não distingue os oficiais, sargentos ou praças, por condição étnica ou tribal, mas sim pelas suas aptidões, competência, dedicação e patriotismo.
No comunicado de duas páginas, assinado pelo porta-voz da Directoria de Campanha do Candidato Malam Bacai Sanhá, o PAIGC entende que estas afirmações não podem ser conotadas como sendo de um partido com responsabilidades do PRS, mas sim é só, como consequência de um "desespero atroz e sufocante de uma directoria de campanha sem rumo".
A Directoria da campanha de Bacai Sanhá insta os observadores internacionais e as representações diplomáticas acreditadas na Guiné-Bissau, no sentido de acompanharem e analisarem atentamente o comportamento das diferentes directorias da campanha em curso.
