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Calma Relativa em Urumqi


A situação é de calma relativa em Urumqi, cidade do noroeste da China onde ocorreram violentos motins no início desta semana, que causaram mais de 150 mortos

Para muitas pessoas na capital da província chinesa de Xinjiang, a vida regressa aos poucos ao normal.

Alison Klayman é uma repórter que se encontra na região.

'Hoje as pessoas estão a regressar a vida normal. Muitos lojistas abriram os seus estabelecimentos e as pessoas regressam ao trabalho pela primeira vez desde domingo.'

A manifestação de domingo passado em Urumqi tornou-se violenta e mesmo mortífera, após manifestantes da minoria muçulmana uigur confrontaram-se com as forças de segurança chinesas.

As autoridades chinesas detiveram mais de mil e 400 pessoas por suspeita de envolvimento no que denominaram de actos organizados, premeditados de violência. As autoridades indicaram já que irão julgar conforme previsto na lei – incluindo a pena capital para os responsáveis.

O governo chinês responsabilizou forças estrangeiras pela onda de violência, e pelos apelos feitos pela empresária uigur, Rebya Kadeer que vive exilada aqui nos Estados Unidos.

Em Pequim um porta-voz do ministério dos estrangeiros rejeitou as preocupações formuladas pela Turquia segundo a qual a situação deveria ser debatida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Referiu o porta-voz não existir qualquer razão para o Conselho de Segurança debater os acontecimentos em Xinjiang por que se trata de um assunto interno da China.

Em vez disso, aquela fonte apelou a comunidade internacional para apoiar as iniciativas do governo chinês para salvaguardar a unidade nacional, a solidariedade étnica e a estabilidade social.

Klayman referiu que milhares de soldados que patrulham as ruas de Urumqi e mantêm um regime que a tudo se assemelha a uma lei marcial.

'Vê-se uma grande presença militar especialmente nas áreas uigur, como o mercado, no sul da cidade. Autocarros e camiões com tropas rodeiam aquela zona, com grupos de militares a marcarem a sua presença.'

Os confrontos em Xinjiang foram essencialmente entre a maioria étnica han, maioritária na China e a minoria uigur um grupo turco que partilha semelhanças com as populações da Ásia Central.

Os uigures que são quase metade dos vinte milhões de Xinjiang, acusam a China de discriminação e de repressão.

O governo chinês por seu lado, acusa os uigures de pretenderem a independência para Xinjiang.

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