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Birmânia: Adiado Julgamento de Aung San Suu Kyi


O Supremo Tribunal da Birmânia decidiu analisar a possibilidade da admissão de mais testemunhas da defesa no julgamento da líder da oposição Aung San Suu Kyi.

Os advogados de Aung San Suu Kyi afirmaram que o Supremo Tribunal tinha concordado em analisar a petição para a inclusão de mais testemunhas no julgamento.

Os advogados das duas partes deverão agora apresentar as suas respectivas argumentações perante o Supremo. Aquelas testemunhas tinham sido anteriormente impedidas de fazerem depoimentos pelo tribunal prisional que está a efectuar o julgamento da líder pro-democracia.

Originalmente aquele tribunal tinha permitido que a defesa tivesse apenas uma testemunha elevando posteriormente esse número para duas. Paralelamente a acusação pode contar com 14 testemunhas.

Nyan Win ,um dos advogados de Aung San Suu Kyi, disse à VOA que esta decisão vai adiar o julgamento.

Aquele advogado disse ainda que se deverá saber na sexta-feira quando é que o Supremo Tribunal vai ouvir as argumentações.

As duas testemunhas da defesa são dirigentes da Liga Nacional para a Democracia, o partido de Aung San Suu Kyi. Aquele partido venceu as eleições de 1990,mas, o governo militar nunca permitiu que tomasse posse.

Aung San Suu Kyi passou 13 dos últimos 19 anos sob prisão domiciliária. A prémio Nobel da paz é acusada de ter violado os termos da sua prisão domiciliária permitindo que um cidadão americano permanecesse na sua casa sem autorização oficial. Se for considerada culpada poderá ser condenada a uma pena de até 5 anos de prisão.

Este julgamento é considerado como um artifício do governo birmanês para manter detida a líder da oposição. Investigadores de organizações de defesa dos direitos humanos consideraram entretanto que este julgamento constitui uma flagrante violação dos direitos humanos.

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