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China-Brasil 10 biliões em petróleo


A China aceitou emprestar à empresa petrolífera brasileira Petrobrás 10 biliões de dólares, em troca pela garantia de fornecimento de petróleo ao longo da próxima década. O negócio foi um dos muitos assinados pelo presidente brasileiro, Luíz Inácio Lula da Silva, na visita de estado que efectua à China, e que termina esta quarta-feira.

O presidente chinês, Hu Jintao, e o seu homólogo brasileiro Lula da Silva foram testemunhas da assinatura de 13 acordos, em Pequim.

O ponto alto foi o empréstimo de 10 biliões de dólares do Banco de Desenvolvimento da China à empresa estatal petrolífera brasileira Petrobrás. Em troca, a Petrobrás vai abastecer à empresa estatal chinesa Sinopec 200 mil barris por dia, ao longo dos próximos 10 anos.

A agência de notícias chinesa, Nova China, não avançou quaisquer detalhes dos outros acordos firmados, exceptuando que cobrem áreas como equipamento, financiamento, ciência, espaço, lei, produtos agrícolas e portuários.

No mês passado a China ultrapassou os Estados Unidos tornando-se no principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a atingir a marca dos 3,2 biliões de dólares em Abril último.

Ma Zhaoxu, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, disse aos jornalistas em Pequim que a visita do dirigente brasileiro irá reforçar o que descreveu como "a sólida cooperação já existente entre os dois países."

Ma acrescentou que a visita irá promover a parceria estratégica entre a China e o Brasil. Os dois países concordaram em levar a cabo um segundo diálogo estratégico, no final do ano.

A China e o Brasil fazem parte de um grupo de quatro economias emergentes, conhecido por BRIC, e que inclui ainda a Rússia e a Índia. Os chefes da diplomacia destas quatro nações têm encontro marcado para Junho, na Rússia.

O porta-voz chinês acrescentou que o seu governo vê de forma positiva a sua participação no agendado encontro de Junho.

O diálogo e a cooperação entre os quatro países é, nas palavras do porta-voz chinês, "transparente e aberto" e "não dirigido contra qualquer outro país."

Enquanto isso, num artigo no "Diário da China" – que se publica em inglês – o presidente Lula da Silva afirma que a sua visita surge numa altura em que se assinalam 35 anos de relacionamento diplomático entre a China e o Brasil. Acrescenta que as duas nações precisam de virar a sua atenção para os desafios de elevar a sua parceria "um nível mais alto."

Antes de deixar Pequim, Lula visita a Agência Espacial da China.

Em 1988, a China e o Brasil iniciaram um programa conjunto de satélites, que fornece imagens de alta definição da Terra. O líder brasileiro elogiou o projecto, que considera um exemplo concreto e de sucesso da cooperação entre os dois países cujas economias emergem no mercado mundial. As imagens da Terra, disse ainda, serão disponibilizadas gratuitamente aos países africanos.

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