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Angola é “Líder” Africano - Dirigente do Africom


Os Estados Unidos consideram Angola como uma crescente potencia Regional e Moçambique como um país que tem cada vez mais influência dentro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, SADEC.

Quem o disse foi Mary Yates adjunta do comandante do Africom o comando africano das forças armadas americanas.

Falando num encontro com jornalistas aqui em Washington Yates afirmou estar grandemente esperançada no futuro das relações entre Washington e Luanda.

Yates, tal como um crescente número de especialistas oficiais americanos fizeram notar a situação geográfica de Angola no ponto de convergência entre a África Central, Ocidental e Austral.

A diplomata americana notou a este propósito que Angola faz parte da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, a SADC e ainda da Comunidade Económica da África Central o que dá ao país o que chamou de "um papel vital" sendo por isso um "parceiro importante" dos Estados Unidos.

"Angola é um líder na África Central e na África Austral" disse Yates para quem "a capacidade que os militares angolanos têm é significativa não só em capacidade de transporte e movimentação como pelo seu profissionalismo". "Nós estamos prontos a ser parceiros de Angola quando eles decidiram fazer parcerias connosco", acrescentou.

Esta dirigente do Africom disse ainda que os Estados Unidos podem aprender de Angola como por exemplo no que diz respeito à situação no Congo. Yates disse que numa recente deslocação a Luanda tinha "ouvido em detalhe as percepções" dos angolanos sobre a situação na zona leste do Congo.

Para Mary Yates "Angola é um parceiro com quem os Estados Unidos podem fomentar as relações militares no futuro "quando Angola tomar essa decisão".

A adjunta do comandante do Africom disse que quando visitou Moçambique em Dezembro tinha ficado impressionada com a crescente influencia do país na região e como o modo sério como esta a ser feito o combate à Sida.

Para Mary Yates Moçambique está "a jogar um papel de liderança mais forte" dentro da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral, SADC, algo que descreveu de "muito importante" .

Yates disse que Moçambique está ciente de um crescente problema com o tráfico de narcóticos através do seu território estando por isso interessado em fortalecer a cooperação com os estados Unidos em termos de segurança marítima.

"É muito claro que há heroína vinda do Paquistão a atravessar Moçambique para a África do sul e depois para outros destinos.," disse.

"Por Isso Moçambique precisa de encontrar meios para fortalecer a sua posição marítima e os seus recursos nesse campo", acrescentou.

A adjunta do comandante do Africom disse que a sua recente deslocação a Moçambique tinha tido como objectivo "escutar" os Moçambicanos sobre o que dizem dos seus problemas e necessidades.

No seu encontro com os jornalistas Yates disse que a percepção de África sobre o Africom está a mudar. Se inicialmente houve grande cepticismo sobre o comando hoje em dias grande parte das discussões geram já em volta de programas concretos e não sobre as duvidas que possam existir sobre os objectivos da organização.

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