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Zuma:  Privilegiar Laços Regionais


Na África do Sul o presidente Jacob Zuma deu a conhecer o seu novo gabinete ministerial que é caracterizado pelo fortalecimento da ala de esquerda do partido no poder o ANC e os seus aliados. Em termos de politica externa pouco no entanto devera mudar mas as relações com Angola e Moçambique deverão ser privilegiadas

A diplomacia sul africana vai ser chefiada por uma pessoa quase que desconhecida tanto no estrangeiro como no próprio país.Trata-se de Maite Nkoana Masahabane que era até agora a representante da África do Sul na India.

Antes disso trabalhou para o governo da província do Limpopo e foi também deputada ao parlamento.

Jornais sul-africanos citaram hoje analistas locais como tendo dito que não são de esperar mudanças drásticas. A veterana vice ministra dos negócios estrangeiros Susan van Der Merwe afirmou que o fortalecimento do comércio ligações politicas a nível regional vão ser a ser o principal foco d a política estrangeira do presidente Zuma.

Alguns analistas locais afirmam que o estabelecimento de uma parceria estratégica com Moçambique e a normalização de relações com Angola, em tempos tensa, serão uma das prioridades. A salientar a presença em Pretoria do presidente José Eduardo dos Santos para a tomada de posse de Jacbo Zuma.

A nível interno a salientar a criação do novo ministério do desenvolvimento económico, a ser liderado pelo sindicalista Ebrahim Patel que segundo o próprio ANC terá como responsabilidade "centralizar o planeamento económico".

Isto é visto como o aspecto mais importante do novo gabinete. O conceituado ministro das finanças Trevor Manuel muda para a nova comissão de planeamento mas foi tornado claro que o seu papel não será o de formular politica económica mas sim desenvolver um plano económico não sendo nas palavras do anc especifico.

A politica económica será gerada por Patel.

O ministério das finanças passa a ser chefiado por Pravin Giordhan que ganhou reputação como o chefe dos serviços de impostos.

Alguns analistas temem um duplicação de tarefas e choques entre estas três figuras.

O secretario geral do partido comunista Balde Nzimande foi nomeado ministro da educação. Outro membro do partido comunista Rob Davies assume a pasta do comercio e Jeremy Cronin outro conhecido comunista é agora vice ministro dos transportes.

No total os comunistas tem quatro membros do comité central neste governo de 34 pastas ministeriais.

Na cerimónia da tomada de posse Zuma prometeu que iria desempenhar as suas funções de chefe de estado e respeitar com fidelidade as leis e a constituição sul-africanas.

Milhares de sul-africanos acompanharam a cerimonia nos Pátios do Complexo dos Edifícios da União, em Pretoria. Entre os convidados encontravam-se os ex-Presidentes Nelson Mandela e Thabo Mbeki, dois monarcas africanos, e 27 chefes de estado e de governo.

Zuma vem de uma família humilde e a sua ascensão aos altos postos que ocupara foi assinalada por controvérsias, nomeadamente, uma serie de alegações de corrupções, fraudes e extorsões, alegações essas abandonadas por tecnicidades de faltas de provas, duas semanas antes da sua eleição.

Jacob Zuma foi despedido do governo em 2005 pelo então Presidente Thabo Mbeki, a seguir à condenação do seu conselheiro financeiro, alegadamente acusado de corrupção em que Zuma fora implicado através de um processo judicial. A seguir, Jacob Zuma empenhou-se numa batalha encarniçada pelo controlo do ANC,e em ultima analise, do pais.

Tal como se esperava, Jacob Zuma associou a sua presidência à de Nelson Mandela, cujo discurso inaugural reiterou, quase à letra, durante a cerimonia da sua própria tomada de posse, prometendo construir uma sociedade sem descriminação, exploração e livre de misérias e doenças:

"Estamos reunidos aqui determinados que as lutas e os sacrifícios do nosso povo durante varias décadas no passado, não sejam em vão, mas que pelo contrário, nos devem inspirar para completar a tarefa pela qual muito sangue foi derramado e muitos sacrifícios foram suportadoa" disse Zuma.

"Este é o momento do nosso ressurgimento" acrescentou

Configurando ainda a sua liderança no modelo de Nelson Mandela, Zuma sublinhou a importância da reconciliação entre os sul-africanos, dirigindo-se muito em particular ao homem que costumava chamar afectuosamente de"ZIZI", o ex-Presidente Thambo Mbeki, visto agora como seu adversário.

"Ele fez uma importante contribuição ao fortalecimento da nossa democraci, " dise Zuma acrescentando que Mbeke "estabeleceu uma base firme do nosso desenvolvimento e crescimento económico tornando o país parte integrante do continente, salientando ao mesmo tempo o seu carácter africano".

"Por isso, sob a sua liderança, a África do Sul cresceu em estatura no continente e à escala global," disse o novo presidente sul africano

O novo dirigente sul-africano prometeu que ele e o seu governo irão trabalhar incansavelmente na soluçai de todos os problemas que mais preocupam os sul-africanos:

"Enquanto houver sul-africanos que sofram de doenças que se podem evitar, trabalhadores que lutam para alimentar as suas famílias, comunidades sem agua potável ou abrigos decentes e condicoes higiénicas de vida, residentes das zonas rurais incapazes de uma vida decente, mulheres sujeitas a discriminacao, exploracao e abusos, crianças que não tenham meios nem oportunidades de receber uma educação apropriada, pessoas incapazes de encontrar empregos, não podemos descanar e não os iremos desiludir.

Tal como as promessas feitas durante os seus discursos de campanha, o discurso de tomada de posse de Zuma criou altas expectativas entre os sul-africanos, sobretudo entre os 40 por cento que ganham menos de 2 dólares por dia.

Zuma e os membros do seu gabinete, que vai anunciar no domingo, deverão dizer,com mais calma,certamente, aos sul-africanos a forma como esperam poder cumprir todas aquelas promessas,e como Zuma e o seu governo,irão actuar no presente clima económico a escala global.

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