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Mistério da “Sabotagem” a Cahora Bassa


O mistério continua a envolver uma alegada conspiração para sabotar a barragem de Cahora Bassa. Na Terça-feira durante o seu habitual resumo semanal a jornalistas um porta-voz da policia moçambicana anunciou a detenção de quatro indivíduos que estariam alegadamente a tentar sabotar a barragem.

Os quatro indivíduos detidos são um cidadão alemão, um português, um sul africano e e um piloto aviador do Botswana que foram surpreendidos entre os dias 18 e 20 de Abril a atirarem para o rio Zambeze substancias, descritas pela policia de "estranhas e eventualmente corrosivas". Entre 130 e 150 kilos dessas substancias já teriam sido atiradas ao rio. O porta-voz disse que sendo as substancias corrosivas ao ferro e betão "é só imaginar qualquer era a intenção".

Um porta voz da polícia citado pela agencia de noticias portuguesa Lusa em Tete disse que os detidos são "suspeitos de qualquer coisa".

As prisões foram anunciadas na reunião semanal da policia com os jornalistas na Terça feira em que foram discutidas também outras actividades policiais. O porta voz disse que os detidos tinham na sua posse 500 Kilos dos produtos em causa acrescentando que as substancias tinham sido submetidas a exames laboratoriais preliminares . Os produtos estão agora ser analisados em mais detalhe num outro laboratório.

Em alguns círculos da capital moçambicana há grande cepticismo quanto à teoria de uma conspiração. À partida não se deslumbra quem estaria interessado em sabotar a barragem que passou para o controlo do governo moçambicano em 2007 depois de mais de 30 anos de gestão portuguesa. Portugal recebeu centenas de milhões de dólares no acordo.

A barragem, a quarta maior de África fornece electricidade não só a Moçambique como a África do sul Malawi e Zimbabwe

A voz da América apurou que a gerência da barragem de Cahora Bassa desconhecia totalmente o ocorrido apesar das prisões se terem dado há mais de 15 dias.

Alguns jornais moçambicanos afirmam que o sul-africano detido se intitula de profeta. O alemão será "arquitecto e militar", o português "hoteleiro" e o cidadão tswana será também "militar e piloto".

Todos encontram-se detidos em Tete. A procuradoria Geral disse estar a investigar.

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