A ministra de saúde de Portugal, Ana Jorge, anunciou o primeiro caso da gripe suína no país.
Trata-se de uma jovem de 30 anos que esteve de visita ao México, e cuja situação clínica foi considerada de favorável pelas autoridades sanitárias portuguesas.
A ministra da saúde de Portugal anunciou entretanto que a confirmação deste caso não representa uma "preocupação acrescida" e garantiu que não existe qualquer risco de transmissão a terceiros.
Falando hoje em conferencia de imprensa Ana Jorge disse que a paciente não apresenta sintomas há vários dias, e que já teve a alta clínica.
A mulher em causa esteve no México numa zona infectada com a gripe H1N1, e os seus familiares estão a ser acompanhados pelos serviços de saúde.
A suspeita do primeiro caso da gripe A H1N1 em Portugal remonta a 30 de Abril, isto depois do anúncio do ministério público de que uma paciente foi submetida a observação num hospital de Lisboa.
Em Angola, ainda não foram anunciados reforços de medidas preventivas, contudo a comissão inter-ministerial criada ainda na semana passada voltou a reunir-se Segunda-feira para debater entre outras um novo pacote de acções de prevenção.
A confirmação do primeiro caso da gripe suína em Portugal está a levar os países africanos lusófonos a reforçar as medidas de vigilância sanitária.
De recordar que ainda na semana passada, os governos de Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo-Verde e São Tome e Príncipe tinham anunciado medidas de prevenção a gripe suína.
Depois deste primeiro caso em Portugal, Moçambique continua confiante nas medidas de vigilância já anunciadas e põe de parte a hipótese de possíveis restrições nos voos das companhias aéreas entre Maputo e Lisboa.
Entrevistado a propósito, o ministro moçambicano da saúde, Ivo Garrido queixa-se do alarmismo que se tem feito com o surgimento da gripe suína - H1N1, e diz que o seu país vai seguir as orientações da OMS – Organização Mundial da Saúde.
Ouça a reportagem do Francisco Júnior a partir de Maputo.
Em Bissau o governo anunciou medidas máximas de vigilância sanitária nos aeroportos, portos e pontos de passagens nas fronteiras terrestres com o Senegal e a Guiné-Conacry.
As autoridades vão isolar um dos centros sanitários na capital do país, para o atendimento de casos da gripe, no caso de a doença vir a ser declarada no solo guineense.
O correspondente Lassana Cassama foi ouvir a directora geral da saúde bissau-guineense. Ouça a sua reportagem.
A Organização Mundial de Saúde anunciou que estão confirmados, até agora, mais de mil casos da gripe suína em 20 países do mundo.
A directora-geral da OMS, Margaret Chan, fez este anúncio perante a Assembleia Geral da ONU, durante uma intervenção via vídeo feita a partir da sede daquela organização em Genebra, na Suíça.
Os comentários de Margaret Chan surgem no mesmo dia em que o México anunciou a reabertura de restaurantes e de outras actividades comerciais, esta quarta-feira, afirmando que a ameaça do vírus da gripe está a diminuir.
O México – que tem sido o epicentro deste surto – encerrou temporariamente escolas, restaurantes e outras lojas num esforço para travar a disseminação do vírus, que tem casos confirmados também nos EUA, na Europa e na Ásia.
A directora da OMS admitiu que o vírus poderá voltar com maior intensidade nos próximos meses. Pelo facto de não haver mortes adicionais devido aquele vírus, não quer significar que o surto tenha chegado ao fim.
O ministro da Saúde do México, Angel Cordova, disse, no domingo, que o surto atingiu o seu ponto mais alto no seu país entre 23 e 28 de Abril, tendo o número de casos confirmados diminuído desde então.
