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Antárctica (2) : As Bases De Investigação


A Antárctica é governada por um tratado assinado há 50 anos, no qual as nações envolvidas devem colaborar relativamente à região. Este um dos assuntos tratados em Baltimore, no encontro entre membros que assinaram o acordo e cientistas de vários países.

A estação de pesquisa Comandante Ferraz, na Ilha King George, é oficialmente um território brasileiro. Porém, os cientistas que ali recolhem diferentes espécies e conduzem experiências podem ser de outras nações.

O mesmo acontece na estacão russa e em qualquer outra. Isto é uma colaboração que Alexander Orup considera ser imperativa.

"Podemos observar e recolher informações somente se trabalharmos juntos."

Cientistas da Antárctica têm colaborado com pesquisas desde as primeiras expedições, há mais de um século. Enquanto tais cooperações estão descritas no Tratado da Antárctica, a prática de dividir e partilhar tem sido muito mais necessária do que qualquer coisa.

Pesquisadores acreditam que trabalhar em equipa num ambiente difícil e isolado como a Antárctica ajuda a economizar tempo e dinheiro. De acordo com Antonie Guichard, do Conselho de Directores dos Programas Nacionais da Antárctica, isto é bastante importante, levando em conta a crise financeira:

"É tão caro que se não nos ajudarmos uns aos outros não há como trabalhar. E agora que a ciência na Antárctica está a tornar-se uma ciência global e as pessoas estão a entender como o planeta funciona, é vital que todos trabalhem juntos".

O custo da manutenção de uma estação na Antárctica é alto, mas não os orçamento. Preços de combustíveis associados a todas as outras operações têm um peso bem grande no orçamento.

Dividir áreas onde há muitas bases, como na ilha de King George, é bastante comum. Ali, o programa chileno providencia acesso à internet à base da Rússia, por exemplo.

Faz 50 anos que o Tratado da Antárctica original foi assinado e mais nações continuam a aderir à causa. Os 46 membros subscritores encontram-se regularmente para fomentar a colaboração entre as estações de pesquisa e manter cada cientista a trabalhar lado-a-lado nas descobertas.

E parte do que faz a Antárctica um lugar único é o facto de que devido a estar distante de tudo, os cientistas conseguem não se deixar influenciar pelas politiquices mundiais. Os seus podem não se dar, mas ali eles conseguem trabalhar em conjunto pela ciência.

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