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Bancos Internacionais Apoiam Ditaduras


A organização não-governamental Global Witness acusou vários grandes bancos mundiais de apoiarem, de certa forma, alguns dos mais corruptos regimes da África Ocidental.

Um relatório daquela ONG documenta o envolvimento de bancos multinacionais com ditadores em países tais como Angola, a Libéria, República Democrática do Congo e Guiné Equatorial. Anthea Lawson, da Global Witness, afirmou a propósito: "Ao efectuar negócios com regimes corruptos e familiares de ditadores, esses bancos estão a facilitar a corrupção e, por conseguinte, a pobreza em alguns dos países mais pobres do mundo."

As ligações entre bancos e regimes corruptos são muitas vezes directas, disse Lawson, citando o caso do Barclays. A Global Witness afirma que o banco inglês possui contas em nome de Teodorin Obiang, filho do há muito ditador da Guiné Equatorial, e que o banco americano Citibank ajudou o antigo presidente da Libéria, Charles Taylor, actualmente a ser julgado em Haia por crimes de guerra, a branquear dinheiros de negócios ilícitos de madeiras preciosas, através de uma parceria com um banco liberiano.

Anthea Lawson revelou que a Global Witness escreveu aos bancos citados no seu relatório, pedindo-lhes para explicar o seu relacionamento com regimes corruptos: "Aqueles que responderam não disseram nada de especial sobre os seus clientes, escudando-se na confidencialidade e esse é o problema. Tudo isso ocorre sobre a habitual nuvem do segredo bancário que também permitiu aos bancos desestabilizarem e causarem danos a algumas das maiores economias do mundo."

De acordo com Lawson, a Global Witness espera que o relatório conduza a mudanças na forma como a banca internacional está regulamentada. A organização divulgou o relatório com a intenção de chamar a atenção sobre a matéria na véspera da actual reunião dos ministros das Finanças do G20, em Londres.

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