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Sudão:Raptados 3 Médicos Sem Fronteiras


Três funcionários da organização Médicos sem Fronteiras foram raptados na região ocidental de Darfur no Sudão. Tratou-se do último revés para as operações humanitárias na região depois da expulsão na semana passada de 13 organizações de auxílio internacionais.

Os 3 elementos da filial belga da organização Médicos sem Fronteiras, foram raptados quando se encontravam a oeste de el Fasher na província de Darfur do Norte. Dois funcionários sudaneses foram também raptados mas libertados pouco depois. Um porta-voz da missão de manutenção da paz da ONU em Darfur, Kemal Saiki, confirmou os raptos: "ontem, por volta das 8 da noite, vários membros da organização foram levados por um grupo armado que entrou no seu escritório."

A Médicos sem Fronteiras acrescentou que os reféns são uma enfermeira canadiana, um médico italiano e um coordenador francês. Desconhece-se para já a identidade dos raptores. Em Darfur os ataques contra funcionários de agências de auxílio são frequentes. Segundo as Nações Unidas, no ano passado 11 funcionários foram mortos e outros 200 raptados. Para além de várias facções rebeldes e de milícias apoiadas pelo governo, um número cada vez maior de bandidos estão a tirar partido da insegurança.

A decisão do governo sudanês na semana passada de expulsar 13 organizações de auxílio internacionais do Norte do Sudão e o facto dos trabalhadores sudaneses terem sido libertados está a levantar questões sobre motivações políticas por detrás do ataque. As Nações Unidas afirmam que cerca de 200 funcionários de agências de auxílio foram obrigados a deixarem o país acrescentando que as agências restantes não têm capacidade para responder às necessidades.

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