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Angola - O Discurso Controverso de Kundy Payhama


Benguela, Angola (24 de Fevereiro de 2009) - O Ministro da Defesa Nacional, Kundy Payhama disse que conhece as entidades que financiaram os jovens que provocaram o recente tumulto ocorrido na província Lunda Sul em que envolveram a polícia nacional e a população.

O motim resultou das alegações segundo as quais a polícia nacional estaria a efectuar o recrutamento forçado de jovens naquela região, para uma intervenção no conflito armado no Congo Democrático.

Apesar de não ter revelado o nome do banco em que foram feitas as alegadas operações, o Ministro da Defesa referiu no seu discurso, proferido em Benguela, que os incidentes registados em varias áreas do país, com maior destaque para a província da Lunda, onde segundo ele, o escalar da violência foi maior, tinham sido provocados por indivíduos descontentes.

«Há trabalho em curso de situações novas que nós estamos a detectar e a ouvir dentro do país; de pessoas descontentes que estão a enganar o povo, estão a mentir. Vou vos dar só um exemplo: houve um tumulto na Lunda Sul e noutras províncias, mas na Lunda Sul foi pior. Alguém chegou e disse (que) a policia está a levar jovens para mandar para o Congo, e os miúdos começaram a fugir para as matas, outros pegaram em paus e catanas para atacar o comando das FAA (Forças Armadas Angolanas) e da polícia»

Para Kundy Payhama - que dirigia suas críticas à oposição - isso não passa duma manobra política com propósitos de atingir o presidente da república José Eduardo dos Santos, tendo em vista as próximas eleições presidenciais.

«Fizeram tantas coisas, tantas coisas e não conseguiram no 5 (dia das eleições), agora estão a fazer isso precisamente para atingir a imagem do nosso querido presidente por causa das presidenciais»

José Eduardo dos Santos deixara claro que a maneira como o presidente da república deverá ser eleito dependera da aprovação da futura lei constitucional, mas paradoxalmente o Ministro da Defesa afirma que o voto será feito de forma directa.

«As presidenciais vão ter também a sua história, vão ter porque é o povo que vai decidir ou não sabem em quem vão votar?»


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