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Reatadas Negociações na RDC


Negociações entre o Congresso Nacional da Defesa do Povo, um grupo rebelde étnico tutsi, que opera na zona leste da Republica Democrática do Congo, e o governo congolês, foram reatadas depois das discussões de quando porta-vozes de ambos os lados indicaram que foi alcançado, na reunião, um acordo em princípio.

As conversações são as primeiras entre os dois lados desde a detenção o mês passado do líder rebelde, Laurent Nkunda, no Ruanda, seu antigo patrocinador.

Os pormenores das conversações não tinham sido divulgados até agora, mas um porta-voz do governo indicara que as mesmas tinham sido o resultado de duas comissões, uma de questões políticas e de segurança, a outra sobre questões sociais e humanitárias. Disse o porta-voz que o relatório seria enviado ao Presidente Joseph Kabila e aos mediadores.

Mais futuras discussões sobre o acordo de paz poderão, muito provavelmente, ser conduzidas sob a mediação do antigo Presidente nigeriano, Olussegun Obasanjo, em Nairobi.

Um pesquisador o Instituto de Estudos de Segurança da África do Sul, Henri Boshoff, disse que os dois lados irão, muito provavelmente, discutir as opções para o desarmamento e integração dos rebeldes nas forças de segurança do governo. Disse ainda o perito sul-africano esperar-se que as discussões tenham por foco a questão de segurança na zona leste da Republica do Congo:

’Vão certamente discutir questões de envolvimento e participação dos rebeldes no governo apenas a nível local e provincial….não a nível nacional….certamente não…’

Entretanto, duas ofensivas militares separadas contra dois outros grupos militantes que operam a leste da Republica Democrática do Congo, estão prestes a serem concluídas na próxima semana.

Por outro lado, desde Dezembro passado, as forças armadas ugandesas ao longo da fronteira da Republica Democrática do Congo e Sudão do Sul, tem estado a operar contra o Exercito da Resistência do Senhor, a nordeste da Republica Democrática do Congo.

Enquanto isso, mais ao sul, na Província do Kivu, as tropas ruandesas tem andado a perseguir membros das Forças para a Libertação Democrática do Ruanda, uma milícia hutu ruandesa, muitos dos quais hutus acusados de participarem no genocídio no Ruanda, em 1994,milícias acusadas também de retaliação contra a população civil, em que morreram pelo menos 100 pessoas.

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