O presidente americano Barack Obama e a maioria democrática no Congresso estão confrontados com a resistência dos Republicanos em aprovar o plano de recuperação económica de 819 mil milhões de dólares. No Senado, os republicanos que deverão analisar o documento, após a sua aprovação na quarta-feira pelo Congresso, já tornaram publico a sua oposição afirmando tratar-se de um plano direccionado para, mais despesas.
Um grupo de senadores desse partido veio a público dizer o que pensavam sobre a nova medida do presidente Barack Obama. Afirmando que ninguém se opunha a um plano de estímulos e que a sua aprovação era urgente, o senador Jon Kyl, alertou contudo de que os republicanos vão opor-se aos esforços que tendem a desrespeitar a lei. "Nós, disse ele, temos a consciência de que ele ira realmente criar postos de emprego e ajudar as pessoas e também ajudar novamente no crescimento económico. E temos assistido a rejeição das nossas sugestões. E se não há uma mudança de atitude em como levar avante a nova legislação, infelizmente, o povo Americano vai sofrer por causa do sectarismo dos democratas sobre esta questão", concluiu aquele senador republicano.
Os parlamentares disseram ter esperança que os republicanos, os democratas e a administração Obama possam entender-se fora do âmbito partidário com vista a obter um acordo para apoiar o crescimento económico americano. As reclamações começaram as ser ouvidas ainda no inicio da semana na Câmara dos Representantes e vinham dos republicanos que acusavam os democratas de bloquearam as suas propostas. O falhanço em obter os votos republicanos para a aprovação do novo pacote de estímulos foi o principal tema das declarações da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi na sua conferência de imprensa semanal.
Acusada de ser responsável pela situação ao desdenhar um compromisso bipartidário, Pelosi rejeitou as críticas dos republicanos: "Estendemos a mão aos republicanos durante todo o processo, e eles sabem disso", disse Pelosi. Na Casa Branca o porta-voz Robert Gibbs considerou a votação do Congresso como um grande passo em frente, afirmando que o presidente Obama ira continuar a estender a mão aos republicanos.
O vice-presidente Joe Biden também expressou optimismo acerca das possibilidades de um acordo sobre as alterações aceitáveis do plano, para os dois lados.Entretanto num comunicado publicado ainda ontem, os republicanos disseram que comprometem-se em continuar a trabalhar com o presidente Obama para encontrar o que chamaram de "reais soluções económicas". Mas condenaram segundo eles as ameaças políticas na imprensa por elementos não revelados da Casa Branca, incluindo a citação do porta-voz do presidente, Robert Gibbs, alertando os republicanos acerca dos prejuízos políticos de que poderiam sofrer se se opuserem à agenda económica do presidente Obama.