O governador do banco central da Nigéria, Chukwuma Soludo, disse que os planos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para reduzir a dependência americana em petróleo importado sao
O governador do banco central nigeriano disse que o futuro económico da Nigéria poderá estar em perigo devido aos planos do presidente americano para reduzir as importações de petróleo.
Chukwuma Soludo disse a um comité parlamentar que a administração de Obama está a preparar-se para fazer grandes investimentos em fontes alternativas de energia e que isso é uma ameaça permanente ao petróleo como principal bloco da economia nigeriana.
Obama propõe reduzir o consumo total de petróleo dos Estados Unidos em pelo menos 35 por cento ou seja 10 milhões de barris por dia até 2030 para reduzir as importações dos países da OPEP.
Para os 140 milhões de pessoas da Nigéria – um quinto da população de África – o petróleo é agora mais importante do que nunca. O Petróleo constitui mais de 90 por cento dos rendimentos de em moeda externa do país.
A produção de petróleo na Nigéria está situada entre o milhão e seiscentos mil e o milhão e os oitocentos mil barris por dia. O que é menos que os dois milhões e seiscentos mil barris que produzia há poucos anos traz. A redução deve-se à crescente violência na zona do Delta do Níger, a região petrolífera do país.
Devido a isso Angola ultrapassou a Nigéria como principal produtor de petróleo em África.
Numa recente reunião ministerial o presidente nigeriano Umaru Yar'Adua disse que a Nigéria já está a sentir o impacto da crise económica global.
"As principais economias do mundo estão em recessão e é real o receio de um contágio dessa recessão a todo mundo, disse o chefe de estado nigeriano.
"Já podemos sentir o impacto disso na queda dos preços do petróleo, a queda no valor da moeda nacional e o colapso dos preços das acções nos mercados de capitais" acrescentou
A moeda nigeriana caiu com efeito mais de 20 por cento em relação ao dólar desde o inicio de Dezembro e as reservas em moeda estrangeira estão também a caír.
Não é portanto de admirar que qualquer política da administração Obama para reduzir as importações de petróleo seja vista com receio pelas autoridades nigerianas.
