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Etíopes Continuam Retirada da Somália


O comando das forças etíopes na Somália, transferiu hoje a missão de manutenção da segurança daquele conturbado pais, as forças conjuntas do governo interino e dos islamistas moderados. A cerimónia de transferência de responsabilidades decorreu hoje na capital somáli, Mogadíscio, isto depois de semanas de intensa violência.

A cerimónia, que decorreu no palácio presidencial, assinala o início do fim da presença militar etíope, que se tornou impopular nos últimos dois anos, particularmente em Mogadíscio.

No discurso de despedida, o comandante das forças etíopes, o coronel Gabre Yohannes Abate disse que as suas tropas deixavam a Somália nas mãos dos somális.

O primeiro ministro somali, Nur Hassan Hussein saudou, por seu lado, a retirada, que considerou de uma oportunidade impar para se levar mais paz a todo o país.

Para o líder Somáli, os rebeldes deixam assim de ter um argumento válido para continuarem com os combates, pelo que era chegado o momento do povo da Somália, abraçar a paz.

A Etiópia iniciou ontem o processo de retirada das suas bases em Mogadíscio.

Trata-se da primeira operação de retirada massiva da presença militar etíope na Somália, isto desde que Adis-Abeba anunciou no início do mês a intenção de abandonar militarmente aquele pais.

As tropas etíopes tem estado a retirar-se de forma faseada e continua por ouro lado, por definir o número de forcas residuais etíopes que vão permanecer na Somália.

A retirada etíope da Somália enquadra-se num plano de paz patrocinado pelas Nações Unidas, assinado em Junho do ano passado entre o governo e as facções islamistas moderadas da Aliança para a Re-Libertação da Somália.

Com o início da retirada, vários residentes da capital somáli, concentraram-se nas bases etíopes evacuadas, entoando slogans e festejando o facto.

Recorde-se que as tropas etíopes entraram em Mogadíscio em Dezembro de 2006, com a missão de depor do poder o regime das Cortes Islâmicas somalis.

A intervenção militar de Adis-Abeba acabaria por despoletar uma guerra entre, de um lado as forcas etíopes e do governo interino, do outro os movimentos islamistas, confrontos que resultariam na morte de 16 mil civis e no desalojamento de mais de um milhão de outros.

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