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Obama: O que Espera a China


Numa altura em que o mundo se prepara para assistir a mudança da liderança nos Estados Unidos, um dos países que tem vindo a acompanhar com interesse e expectativa esse momento é a China.

Os chineses estão do lado da maioria dos Americanos que votaram pela eleição de Barack Obama como o próximo presidente, e consideram que a sua vitória representa uma óptima ocasião, especialmente para o relacionamento entre os Estados Unidos e a China.

A festa organizada pela embaixada americana em Pequim a propósito das eleições presidenciais, não deu apenas aos chineses a oportunidade para votarem, como também para uma sessão de fotografias.

Três quartos dos votos de cerca de 300 convidados foram a favor do presidente eleito Barack Obama.

A estudante Wang Dian de 21 anos diz acreditar que o novo presidente dos Estados Unidos terá uma politica de amizade para com a China.

"Penso que após vários anos, ele compreenderá a importância em manter a boa relação de amizade e laços comerciais com a China" dosse Wang.

Tenho esperança que ele poderá colocar os Estados Unidos fora da actual crise financeira, o que será bom para o comércio mundial" acrescentou.

Um outro estudante, Xu Zhen de 23 anos manifestou uma preocupação mais precisa.

"Espero que seja mais fácil obter vistos para estudar nos Estados Unidos" disse

O governo chinês já felicitou a eleição de Barack Obama. Mas o porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros chinês Qin Gang também se queixou da nova administração americana, que, segundo as suas próprias palavras, não tem feito esforços para "lidar claramente" com as questões mais polémicas.

"O governo chinês pretende reforçar o entendimento mútuo, a confiança e cooperação na base dos três comunicados conjuntos, em questões sensíveis em acções claras e que podem ajudar na promoção das relações sino-americanas" disse o porta voz.

Numa altura em que os Estados Unidos se preparam para assinalar no próximo ano os 30 anos de relações diplomáticas, uma das questões mais sensíveis tem sido o Taiwan.

A China considera que a ilha faz parte do seu território, e tem defendido o uso de forca se necessário, em caso de independência de Taiwan. Apesar disso, Washington transferiu o reconhecimento que tinha de Taipei para Pequin em 1979, e a lei obriga os Estados Unidos a apoiar Taiwan em caso de defesa.

Shi yinhong professor de relações internacionais na Universidade de Renmin em Pequim diz que Obama vai ter pela frente outras questões mais difíceis no relacionamento sino-americano.

Para Shi "Taiwan não será o maior ou o mais importante tema em questão entre os Estados Unidos e a China" sendo os problemas de comércio os mais "intensos".

Outras disputas serão "osb direitos humanos, Tibete e o meio ambiente".

Os direitos humanos e a democracia são com efeito duas matérias que Washington tem constantemente sublinhado nos seus contactos com Pequim

O professor de Ciências Sociais, Tao Wenzhao diz que a China está lentamente no caminho da democracia.

"Deng Xiapoing tinha previsto que provavelmente em 2050 nós iríamos ter uma eleição, mas isto é inexacto" disse o professor que acrescentou ter dúvidas que "isso acontecera ate lá."

Tao está confiante que a China eventualmente organizará as suas eleições. Ninguém por enquanto prevê quando é que isto deverá ter lugar

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