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Militantes palestinianos dispararam pela primeira vez um rocket contra a cidade israelita de Ashdod causando a morte de uma mulher e ferindo duas outras pessoas.

Ashdod está situada a cerca de 40 quilómetros ao norte de Gazae esta foi a primeira vez que um rocket do Hamas atingiu um alvo tão distante.

Durante todo o dia de Segunda-feira militantes palestinianos dispararam mais de 50 rockets e morteiros contra Israel matando dois israelitas, nomeadamente um árabe israelita na cidade de Ashkelon e um outro israelita numa comuna agrícola perto de Gaza.

Pelo terceiro dia consecutivo aviões israelitas atacaram alvos palestinianos na Faixa de Gaza.

O ministro da defesa israelita Ehud Barak disse que o seu país está envolvido numa "guerra total" contra o Hamas que governa Gaza.

Entidades oficiais palestinianas disseram que pelo menos 345 pessoas, na maioria militantes do Hamas já foram mortos nos ataques israelitas.

Uma agência da ONU disse que entidades médicas palestinianas tinham afirmado que 57 civis foram mortos

Nos últimos ataques aviões israelitas atacaram o ministério do interior do Hamas na cidade de Gaza e um edifício da Universidade Islâmica onde Israel disse estar alojado um laboratório químico.

Israel atingiu também o campo de refugiados de Jabalya matando cinco raparigas com menos de 17 anos e todas da mesma família.

A ministra dos negócios estrangeiros israelita Tzipi Livni disse à cadeia de televisão árabe Al Jazeera que o Hamas está a manter a população de Gaza como refém ao usar o território para disparar rockets contra Israel.

Estados Unidos Querem Cessar-Fogo Sustentável

Os Estados Unidos disseram que estão a trabalhar para restaurar um cessar-fogo "sustentável" entre Israel e o grupo palestiniano Hamas.

O porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe culpou o Hamas pela crise ao recusar-se a renovar um cessar-fogo que durava há seis meses.

Johndroe descreveu o Hamas como uma "organização terrorista" que apesar de ter tido a oportunidade de se "tornar num parceiro pela paz" continua a rejeitar o direito de Israel a existir.

Falando em Crawford no Texas onde o presidente George Bush se encontra de férias de Natal, Johndroe disse que os Estados Unidos compreendem a necessidade de Israel se defender contra os contínuos ataques de "rockets" e morteiros disparados a partir da Faixa de Gaza.

Mas o porta-voz disse que os Estados Unidos apelaram a Israel para evitar baixas entre a população civil.

Johndroe disse que o presidente Bush tinha discutido a crise com os reis da Jordânia e Arábia Saudita os esforços para se pôr termo à violência.

Por seu turno em Washington o porta-voz do Departamento de Estado disse que a Secretária de Estado Condoleezza Rice está a trabalhar para restaurar um cessar-fogo tendo mantido conversações com entidades oficiais de Israel, Egipto e Arábia Saudita.

O porta-voz disse que os Estados Unidos não estão envolvidos em negociações com o Hamas que consideram ser uma organização terrorista mas acrescentou que Washington mantém contactos com países como o Egipto que mantêm um diálogo com o Hamas.

O porta-voz disse que Rice informou também funcionários ligados ao presidente eleito Barack Obama e à futura Secretária de Estado Hillary Clinton sobre o desenrolar dos acontecimentos.

Ban Ki-moon Pede Fim da Violência

O Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon pediu que Israel e o Hamas ponham fim imediato a violência.

Falando em Nova Yorque Ban descreveu a violência de "inaceitável" e criticou a comundiade internacional afirmando que os dirigentes mundiais devem fazer mais para encorajar o diálogo e uma resolução a longo prazo do conflicto.

O ministro dos negócios estrangeiros russo Sergei Lavrov criticou o Hamas por se recusar a iniciar negociações de unidade com o líder da Fatah e presidente palestiniano Mahmoud Abbas. Lavrov disse que o Hamas tem que aceitar a autoridade de Abbas como líder do povo palestiniano.

A chanceller alemã Angela Merkel culpou o Hamas pela violência em Gaza afirmando que o Hamas tem que pôr termo aos ataques com "rockets" contra Israel.

Em Londres pelo segundo dia consecutivo centenas de activistas anti-Israel manifestaram-se em frente à embaixada israelita. Dez pessoas foram presas.

Em Atenas na Grécia também se registaram manifestações anti-israelitas. A polícia disparou gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes que atiravam pedras. Uma pessoa foi presa.

Presidene Somali Demite-se

Na Somália, o presidente Abdulahi Yusuf Ahmed anunciou a sua demissão do cargo.

De acordo com o presidente, a presidência do país passará doravante a ser assumida pelo presidente do parlamento somali.

Zimbabwe: Activistas Acusados de Conspiração

Nove activistas políticos no Zimbabwe foram levados a tribunal sob acusação de conspiração para o derrubar o governo do presidente Robert Mugabe.

Jestina Mukoko e oito outros activistas foram ouvidos por um tribunal em Harare.

Mukoko e os demais arguidos negaram já as acusações de que terão recrutado homens para serem treinados em campos no Botswana para combaterem o regime do presidente Robert Mugabe.

A oposição considerou as alegações de falsas .

Jestina Mukoko coordena o Projecto para a Paz no Zimbabwe, e foi detida no início de Dezembro na sua residência, por três homens armados.

Zimbabwe: Aumenta Número de Vítimas da Cólera

No Zimbabwe mais de 26 mil pessoas foram já afectadas pela epidemia da cólera, isto de acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, que cita dados do ministério zimbabueano da saúde.

Segundo ainda a OMS mais de mil e quinhentas pessoas morreram vítimas da cólera no Zimbabwe.

A cólera representa nesta altura 5 por cento dos óbitos registados por todo o país, e em algumas regiões chega a atingir os 50 por cento da taxa de mortalidade. De acordo com os especialistas, a doença alastrou-se por todo o país por causa do falhanço dos sistemas de saúde, de saneamento e tratamento de água.

Em países vizinhos do Zimbabwe, como África do Sul, Botswana e Moçambique também são reportados casos de cólera.


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