| Moussa Camara, liderou o golpe de estado |
Dezenas de milhares de guineenses prestaram em Conacry as últimas homenagens ao presidente Lansana Conte.
Os restos mortais de Conte foram levados ao parlamento num cerimonial em que estiveram presentes os presidentes da Guiné-Bissau, da Costa do Marfim, Libéria e da Serra-Leoa, e o comissário da União Africana, Jean Ping.
O corpo foi trasladado de seguida para o Estádio Nacional da Guine para uma outra cerimónia em que assistiram mais de 30 mil pessoas.
O cortejo seguiu-se depois para a Grande Mesquita de Conacry, e mais tarde para a sua aldeia natal próxima da capital.
O presidente Lansana Conte morreu na Segunda-feira depois de cerca 25 anos no poder.
Enquanto isso, os militares que assumiram o poder, tem marcado para amanha Sábado um encontro com os enviados estrangeiros, e disseram pretender assegurar a comunidade internacional sobre o processo de transição.
Em Paris o Presidente do Senegal Abdelayed Wade apelou a comunidade internacional para apoiar a junta militar.
As autoridades de Bissau decretaram o luto nacional, em sinal de solidariedade para com a vizinha da Guiné Conakry, no dia em que Lansana Conté foi a enterrar.
Um decreto, assinado pelo Primeiro-Ministro Carlos Correia e Promulgado pelo Presidente da República, Nino Vieira, no passado dia 24, estabelece que a Bandeira Nacional estará colocada a meia haste em todos os edifícios públicos e serão encerradas todas as salas de espetáculos e recintos de diversão.
A decisão de Bissau assenta-se no facto defunto Presidente ter aderido a causa da Guiné-Bissau, durante a luta armada de libertação nacional. O decreto lembra ainda que o general Lansana Conté esteve profundamente comprometido com o sucesso da luta pela independência, à qual deu pessoalmente contribuição muito valiosa. E, por isso, considera-se que o país perdeu um grande amigo.