Links de Acesso

COPE e ANC “Parecem Irmãos Zangados"


Na África do Sul um novo partido foi criado na semana passada, o Congresso do Povo, COPE. Formado por dissidentes do partido no poder, o ANC, o novo partido é visto por muitos como a primeira alternativa real à organização no poder. Outros no entanto vêm-no apenas como apenas " um ANC fora do ANC".

Esse foi um dos temas africanos abordados na semana passada pelos principais jornais americanos.

A correspondente do Washington Post, Karin Brulliard, escrevendo da cidade de Bloemfontein, onde se realizou o congresso de formação do partido, afirmou que o COPE deverá constituir " o maior desafio de sempre" ao ANC nas próximas eleições.

Mas, acrescentou, o facto dos dirigentes do partido serem todos ex membros do ANC "fez com que até agora se pareçam mais como irmãos zangados do que alternativas distintas".

"Só o tempo dirá quais são as possibilidades e a capacidade de durar do novo partido que nasceu de uma luta entre apoiantes de Jacob Zuma, um populista de tendencias esquerdistas e o antigo presidente Thabo Mbeki, um apoiante de políticas de mercado livre que foi forçado a abandonar a liderança do ANC em Setembro" escreveu Brulliard acrescentando que "nunca antes houve um partido da oposição que estivesse tão repleto de figuras bem conhecidas que foram membros do ANC"

PAPEL DA AFRICA DO SUL NO ZIMBABWE CRITICADO

O papel da África do Sul no Zimbabwe voltou a ser alvo de análise pelos jornais americanos. E tal como em semanas anteriores houve mais uma vez um apelo para que o governo sul-africano adopte uma posição mais intervencionista no Zimbabwe.

John Hughes antigo correspondente na África Austral do Christian Science Monitor escreveu um artigo de opinião nesse mesmo jornal em que afirmou que "o poder da África do Sul é necessário para se pôr termo à destruição que Mugabe causou".

Recordando que "o govenro sul-africano inclui no seu seio muitos antigos combatentes pela liberdade" Hughes escreveu que "em vez de exigirem reformas ou a demissão de Mugabe" os dirigentes sul africanos "têm estado a lidar com ele delicadamente como se Mugabe fosse um deles".

"Mugabe não o merece" escreveu o comentarista do Christian Science Monitor que acusou Mugabe de trazer "o desespero e a tirania a milhões no Zimbabwe".

"A África do Sul lutou corajosamente pela sua liberdade. Deveria ajudar o Zimbabwe a alcançar o mesmo objectivo" acrescentou

O Washington Post publicou um editorial sobe a mesma questão em que acusou a África do Sul de permitir que "Robert Mugabe destrua o vizinho Zimbabwe à custa de milhares de vidas".

O editorial titulado "O crime da África do Sul" acusou o actual presidente Kglaema Mothlante e o seu predecessor Thabo Mbeki de serem "cúmplices num grave crime humanitário"

CONGO TAMBÉM EM FOCO

O conflito na parte leste do Congo mereceu também na semana finda reportagens e artigos de análise nos grandes jornais americanos.

O antigo sub secretario de estado Americano para assuntos africanos, Herman Cohen publicou um artigo de opinião no New York Times em que afirma que a unIca forma e resolver a crise no Congo é através da criação de uma união económica envolvendo o Congo e os países vizinhos da sua fronteira leste.

Depois de historiaR como os conflitos no Congo e Ruanda estão intimamente ligados, Coehn disse que desde 1996 o governo do Ruanda tem na verdade controlado as províncias do Kivu Norte e Kivu sul no Congo. O reacender do conflito, disse, deve–se ao facto do governo de Joseph Kabila ter tentado restabelecer o seu controlo nessa região. Para Herman Cohen a nova adminsitração Obama deveria fazer uso da "sinergia" económica da região para propor um acordo.

"Após a tomada de posse Barack Obama deverá nomear um negociador especial para propor os parâmetros de um mercado comum económico envolvendo o Congo, Ruanda, Burundi, Quénia, Tanzania e Uganda" propôs Cohen, acrescentando que "esse acordo iria permitir a livre circulação de pessoas e de bem' o que "continuaria a dar aos empresários ruandeses acesso às florestas e mineiros congoleses".

"A grande mudança seria o pagamento de impostos e tarifa ao governo congolês," acrescentou afirmando ainda que "Para a maior parte dos empresários ruandeses isso seria compensado pelo aumento de rendimentos"

Para Herman Cohen um acordo desse género com al ivre cirulação de pessoas serviria também para "esvaziar os campos de refugiados e permitir que países de alta densidade de população como o Ruanda e Burundi fornecessem a mão de obra que faz falta no Congo e Tanzania".

NIGER: GUERA PELO URÂNIO

A repoters Lydia Polgreen do New York Times escreveu uma reportagem datada do norte do Niger onde se está a assistir ao começo de uma guerra entra "um bando de nómadas tuaregues que afirma que a rizquezas do seu sub-solo estão a ser levadas por um governo que não lhes fornece nada e um exercito que descreve os rebeldes como nada mais do que traficantes de drogas e bandidos".

O Níger claro está já tem problemas na sua fronteira com o Chad mas esta é uma vasta região que se estende da fronteira com a Argélia para o interior. Par Polgreen é óbvia a razão do crescente conflito:

"O deserto do norte do Niger possui um dos maiores depósitos de urânio do mundo e a procura deste urânio tem aumentado pois o aumento do aquecimento climático tem aumentado o interesse pela energia nuclear. Potencias em crescimento como a China e a Índia está à procura de urânio através do mundo".

XS
SM
MD
LG