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Senado Inviabiliza Ajuda à GM, Ford e Chrysler


O Senado dos EUA não chegou a acordo sobre o pacote de ajuda destinado a apoiar a indústria automóvel. Apesar das intensas negociações que ocorreram durante toda a semana, democratas e republicanos não conseguiram ultrapassar as suas divergências relativamente a diversas questões, incluindo as exigências dos republicanos para uma redução dos salários dos operários sindicalizados. Os líderes do Congresso decidiram adiar qualquer decisão sobre a aprovação daquele pacote até ao início do próximo ano.

Numa votação feita ontem à noite, no Senado, registaram-se 52 votos a favor e 35 contrapara fazer avançar a lei anteriormente aprovada pela Câmara dos Representantes para disponibilizar 14 mil milhões de dólares à "General Motors", à "Chrysler" e à "Ford". A votação ficou oito votos áquem dos 60 votos necessários para a fazer aprovar .

As bolsas da Ásia começaram imediatamente a cair depois de conhecida a votação. O senador democrata Chris Dodd, que lidera a Comissão Bancária e que teve um papel destacado nas negociações, disse que o principal obstáculo foi a exigência dos republicanos para que os operários sindicalizados a aceitarem uma redução dos salários no próximo ano, equiparando-os aos operários dos fabricantes estrangeiros a operar nos EUA.

A administração Bush emitiu um comunicado descrevendo o colapso das conversações como "um desapontamento", afirmando estar a avaliar as suas opções. O líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reed, também expressou desapontamento:

"Aproxima-se o Natal e vai ser um Natal muito, muito mau para muitas pessoas, em resultado do que se passou aqui, esta noite".

Esforços para se obter um acordo não foram bem sucedidos, apesar das advertências lançadas por muitos democratas de que milhões de empregos poderiam ser perdidos, se um ou mais fabricantes de automóveis entrassem em falência."

A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, fez eco daquelas preocupações: "Estamos em crer que a economia está de tal modo enfraquecida agora que adicionar outras perdas possíveis de um milhão de empregos é algo que a nossa economia não pode suster, neste momento".

Mas, muitos senadores republicanos consideraram que a lei aprovada pela Câmara dos Representantes foi feita numa perspectiva errada. O senador republicano Richard Shelby representa o Estado do Alabama: "A menos que estas companhias sejam materialmente reconstruídas, estamos a perder o nosso tempo ao mantê-las vivas."

Os congressistas estão agora a exortar a Administração Bush a ajudar os fabricantes de automóveis, utilizando para o efeito fundos do pacote de ajuda de 700 mil milhões de dólares que foi aprovado no início deste ano para apoiar o sector – uma ideia que a Casa Branca se tem oposto."

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