Pesquisadores anunciaram a mais promissora vacina experimental até ao presente, na protecção de crianças e jovens contra a Malária.
Os responsáveis pelo estudo disseram ainda que a vacina em questão devera estar pronta no próximo ano.
Em dois estudos publicados esta semana na "New England Review of Medicine" os investigadores apresentam os resultados de dois testes clínicos realizados no Quénia e na Tanzânia, da vacina experimental contra a malária, denominada RTS e S/AS.
Eles concluíram que a mais promissora vacina atá à data, preveniu contra a doença em mais de metade das crianças e jovens que puderam participar nos estudos.
A Malária mata milhões de pessoas anualmente, na sua maioria crianças.
Christian Loucq director do Projecto Iniciativa Vacina Malária, uma organização Não-Governamental, disse que até ao momento a vacina não é de todo perfeita, e que representa apenas um passo na direcção certa.
Os resultados da pesquisa "mostram que estamos próximos do dia em que a Malária fará parte de doenças como a varíola e a pólio que tem sido erradicadas ou controladas por vacinas" disse Loucq.
No estudo realizado na Tanzânia, os pesquisadores vacinaram 340 crianças, e afirmam que 65 por cento delas foram protegidas contra a malária durante seis meses do teste clinico.
No Quénia onde cerca de 900 crianças entre cinco e sete meses puderam participar nos estudos, as vacinas RTS, e S/AS protegeram-nas durante cerca de oito meses.
Ripley Ballou que pertence à Fundação Bill e Melinda Gates, instituição caritativa que promove a saúde, o desenvolvimento e educaçãoafirmou que "a Fundação regozija-se com este projecto porque está em vias de salvar vidas."
"Devemos reconhecer que essas crianças e jovens estão mais expostos aos riscos da Malária e são exactamente estas populações o grupo alvo da vacina. E é nesta faixa etária que estão sujeitos aos efeitos da Malária, e é também nela que a vacina produz mais efeito" acresentou
Os pesquisadores estão agora a recrutar 16 mil crianças e jovens para iniciar a fase final dos testes clínicos previstos para o próximo ano. Até então, tudo parece estar no bom caminho, e esperam poder concluir o processo de aprovação das novas vacinas em 2011.
Alguns dos novos testes vão ser levados a cabo em Moçambique