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Crianças em Perigo no Congo - Unicef


A UNICEF, Fundo das Nações Unidas para as Crianças, disse que a luta entre as tropas governamentais e grupos rebeldes na Província do Kivu do Norte, está a colocar as crianças em risco de abusos e exploração na Republica Democrática do Congo, adiantando que as crianças desalojadas pela guerra se encontram em situação particularmente vulnerável.

A porta voz da UNICEF, Miranda Eeles, disse que o recrutamento forçado de crianças para soldados está generalizado em toda a região e em ritmo crescente.

"O recrutamento de muitas crianças parece continuar a ser praticado por todos os grupos armados que operam no Kivu do Norte, disse Eeles acrescentando que "a UNICEF apela a todos os grupos armados afim de suspenderem imediatamente a prática e libertarem as crianças que se encontram ainda nas suas fileiras armadas."

"O recrutamento de crianças é um crime de guerra, e os comandantes militares terão que responder pelas suas acções perante a comunidade internacional," acrescentou.

A guerra entre o governo congolês e vários grupos rebeldes está a devastar a região leste da Republica do Congo há mais de uma década. As organizações humanitárias calculam que mais de cinco milhões de pessoas terão morrido no conflito, sobretudo de doenças e malnutrição, tendo centenas de milhar doutras abandonado as suas casas.

Desde o surto da mais recente fase da luta em Agosto ultimo, mais de um milhão e meio de pessoas encontram-se desalojadas. A UNICEF adianta que que as crianças que fugiram das suas casas, estão muitas vezes separadas dos seus familiares e desprotegidas.

Disse a responsável da UNICEF que as crianças desalojadas no Kivu enfrentam o risco de contrair agudas diarreias e sarampo, além da subnutrição.

A dirigente da UNICEF disse que as escolas são geralmente consideradas zonas de segurança e conforto para as crianças, mas que na Província do Kivu do Norte, estas instituições já não desempenham esta função, e que infelizmente, 85 por cento das escolas, frequentadas por cerca de 150 mil estudantes, na zona do Rutshuru, estão ainda encerradas.

A UNICEF apelou a todos os grupos armados para criarem um ambiente de segurança por forma a que as escolam possam reabrir e as crianças regressem às aulas.

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