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Justiça Guineense Interroga Implicados no Atentado ao Presidente 


Na Guiné-Bissau os detidos em conexão com a tentativa de assassinato do Presidente da República, João Bernardo “Nino” Vieira, no passado dia 23 de Novembro, começaram hoje a ser ouvidos por uma comissão criada para o efeito e que está sob alçada do Ministério Público.

Conforme a VOA conseguiu apurar, o número de detidos subiu para 13, sete dos quais foram ontem transferidos da alçada do Estado Maior General das Forças Armadas para a justiça civil e encontram-se de momento detidos nas celas da Policia Judiciária em Bissau .

Ontem, o procurador geral da republica, Luís Manuel Cabral dirigiu pessoalmente as operações de passagem e encaminhamento dos militares suspeitos de envolvimento no caso, para a alçada civil, aparentemente sem nenhum entrave por parte das estruturas castrenses.

Na altura o procurador geral guineense não soube especificar à imprensa, se os detidos seriam todos militares ou se existem civis no grupo.

Contactado hoje pela VOA, Luís Manuel Cabral limitou-se a confirmar o inicio do interrogatório dos detidos mas recusou adiantar mais pormenores, evocando para o efeito, o segredo de justiça.

Em Bissau, desconhece-se até agora o paradeiro do alegado líder do grupo, que na madrugada de domingo, atacou a residência do presidente Nino Vieira. Trata-se do sargento dos fuzileiros, Ntchami Yala, supostamente ainda a monte. A própria identidade dos demais suspeitos, sob alçada da justiça guineense, é também desconhecida.

Recorde-se que o primeiro-ministro guineense, Carlos Correia decretou ontem a criação de uma Comissão de Audição dos Implicados na tentativa de assassinato do Presidente da República, João Bernardo Nino Vieira.

Integrada por nove membros, nomeadamente representantes do Ministério da Defesa, da Administração Interna, do Ministério Publico e do Movimento Nacional da Sociedade Civil, a comissão em questão irá trabalhar sob alçada da Procuradoria Geral da República e tem por missão apurar e clarificar os contornos do ataque à residência do chefe de estado guineense e 15 dias para apresentar um relatório final do inquérito.

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