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Obama: Prioridade é Estabilizar a Economia


O presidente eleito dos Estados Unidos Barack Obama disse que a sua prioridade é estabilizar a economia americana, restaurar a confiança dos consumidores e criar postos de trabalho.

Isto ao mesmo tempo que através do mundo se avolumam os indícios de recessão. Na Europa e para além da zona do Euro há sinais claros que a Grã Bretanha vai entrar num período de grandes dificuldades económicas.

A Confederação das Industrias Britânicas avisou que o desemprego vai provavelmente atingir o seu ponto mais alto no final do próximo ano. Ian McCafferty o conselheiro económico dessa organização disse que vai haver tempos difíceis.

"Estamos actualmente a testemunhar os crescimentos mais rápidos do desemprego dos últimos 17 anos" disse McCafferty. "Penso que haverá dois milhões de desempregados até ao final do ano e quando atingirmos o final de 2009 ou principio de 2010 atingiremos o máximo que deverá rondar os três milhões" acrescentou aquele economista para quem o desemprego na Grã Bretanha deverá alcancar "oito ou nove por cento da força de trabalho", o que considerou "um aumento significativo daquilo que temos tidos nos últimos anos".

A Confederação das Industria Britânicas avisou ainda que o Produto Interno Bruto do país deverá ter a sua queda mais abrupta desde 1991.

Aqui nos Estados Unidos o Presidente eleito Barack Obama disse numa entrevista a um canal de televisão que desde a sua eleição no passado dia 4 de Novembro se tem concentrado em planos para estabilizar a economia. Obama deu crédito ao actual secretário do Tesouro Henry Paulson pelos seus esforços em atacar a crise financeira e evitou criticar os esforços da administração Bush.

"Penso que o Paulson será o primeiro a reconhecer que provavelmente nem tudo o que foi feito teve os efeitos que ele esperava" disse Obama que acrescentou, no entanto, estar "mais interessado em olhar para o futuro do que para o passado".
Para Barack Obama combater o aprofundamento da recessão é, contudo mais importante do que equilibrar o orçamento do país. O presidente eleito disse ser importante restaurar a fé nos mercados financiamentos para permitir que a economia volte a crescer.

"Temos que fazer o que for preciso para fazer a economia avançar" disse o presidente eleito dos Estados Unidos, pelo que o governo vai ter que "gastar dinheiro agora para estimular a economia."

"Por isso não nos devemos preocupar com o déficit no próximo ano ou mesmo no ano seguinte" disse acrescentando que "o mais importante a curto prazo é evitar o aprofundamento da recessão".

Obama não participou na cimeira do G-20 deste fim de semana aqui em Washington convocada para tentar alcançar uma posição comum para a crise financeira internacional.

Em Londres o primeiro ministro britânico Gordon Brown que participou nessa cimeira afirmou que a via para se sair da crise jaz num esforço coordenado a nível global.

Brown defendeu a adopção de "estímulos fiscais" afirmando que "enquanto houver a médio prazo parâmetros para sustentabilidade - o que temos actualmente – então isto é o que correcto para se fazer face ao abrandamento".

O director do FMI Dominique Strauss Khan disse que a organização deverá precisar de 100 mil milhões de dólares de fundos adicionais nos próximos seis meses para jogar um papel mais alargado em ajudar na recuperação da economia global.

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