Links de Acesso

Eleições EUA: O Swing Final


Nos últimos dias da campanha, ambos os candidatos dos principais partidos fazem a corte nos mesmos estados, em geral estados considerados cruciais para democratas e republicanos como é a Virgínia, Ohio, Pensilvânia, New Hampshire e Missouri.

O senador republicano John McCain iniciou uma caravana de dois dias o que dá uma imagem da sua disposição em face das inúmeras sondagens que sugerem que a Casa Branca poderá estar a fugir-lhe por entre os dedos.

O seu rival democrata, entretanto, exibia grande confiança nas suas várias visitas aos chamados estados chave. Ao fazer campanha em estados ganhos por George Bush, Obama força McCain a gastar tempo e dinheiro em estados que os republicanos consideram seu campo.

Obama e McCain passam mais de 15 horas em comícios e encontros de vários géneros quando se aproximam da meta final, saltando os últimos obstáculos de uma campanha iniciada há cerca de dois anos. Os dois acreditam que as eleições da próxima terça-feira serão um ponto de viragem para os Estados Unidos.

McCain lembrou aos seus apoiantes no Ohio que a última vez que um presidente foi eleito sem os votos de Ohio foi em 1960 com John F. Kennedy. E McCain quer acreditar que vai ganhar em Ohio, quando as sondagens dão 3 pontos de vantagem ao principal adversário.

A caravana McCain visita seis estados, e concluiu tudo na segunda-feira. Ao lado dele tem estado o agora famoso ”Joe, o Canalizador” um canalizador que virou quase figura nacional por ter questionado Obama e o seu plano económico, numa paragem de campanha, uma troca de palavras que depois foi usado por John McCain para atacar o plano económico do rival. McCain conseguiu agora levar Joe para os palcos e com ele McCain quer mostrar que percebe os problemas económicos por que a maioria dos americanos passa.

Obama andou já pela Flórida, Virgínia e Missouri, continuando com a sua mensagem sobre a economia como nesta paragem em Ohio: “ Não tenho que vos recordar, aqui em Ohio, 760 mil trabalhadores perderam os seus empregos, isto só este ano.”

O senador McCain tenta contrarir esta mensagem, advertindo os eleitores que Obama, se eleito, irá aumentar os seus impostos:” Ele acredita na redistribuição da riqueza, não em políticas de promoção do crescimento económico e criação de postos de trabalho e de oportunidades para todos os americanos.”

A campanha de McCain apesar de números de sondagens desanimadores não abdica e os seus porta-vozes falam de uma ligeira recuperação, e de estar dentro da margem de erro que todas as sondagens implicam.

McCain tem agora como alvo predilecto os brancos americanos mais idosos bem como as mulheres sem grande educação académica de rendimento médio baixo que faz compras nas lojas de desconto.

Por seu lado a estratégia de Obama tem sido desde o início uma combinação de potenciais grupos de eleitores que lhe podem dar os votos eleitorais que precisa para declarar vitória. A sua campanha dedicou-se a criar áreas de apoio em estados onde os democratas pouco se empenhavam, como é o caso da Carolina do Norte e Indiana.

A campanha de Obama acredita que os estados ganhos há quatro anos por John Kerry são seguros, e que o candidato conseguirá noutros estados considerados ou republicanos (caso da Flórida e Virgínia) ou tendência republicana obter o número necessário....enquanto a de McCain está confiante nos estados considerados republicanos, menos Iowa, e alguns dos votos de New Hampshire, que lhe daria o número mágico: 270 votos do Colégio Eleitoral.

XS
SM
MD
LG