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A demissão de Thabo Mbeki


Vamos passar em revista os principais jornais americanos para vermos como é que a situação em África está a ser vista aqui nos Estados Unidos.

Há que começar por dizer que a semana finda foi rica em reportagens e comentários sobre as mais diversas situações em África.

Mas dois temas dominaram. A demissão do presidente sul africano Thabo Mbeki e a sua substituição Kgalema Montlante e o aumento da pirataria ao largo da Somália.

São estes temas que donimam a edição de hoje de África na imprensa americana

Vamos começar com a demissão de Thabo Mbeki presidente da África do Sul.

Numa reportagem datada de Joanesburgo Scott Baldauf disse que como presidente Thabo Mbeki tinha tido sucesso em garantir uma expansão económica de uma década, o crescimento de uma classe média negra e a definir uma nova diplomacia africana, mas que será lembrado também pelos seus falhanços, nomeadamente o seu falhanço em reconhecer a gravidade da crise da Sida, de estender aos pobres a prosperidade do país ainda de combater de modo eficaz os crimes e a corrupção.

Mas se esta opinião do repórter do Christian Science Monitor é por assim dizer mista já o New YorkTimes teve uma opinião muito negativa sobre o que foi a presidência de Mbeki.

Num editorial titulado a queda de Mbeki o New York Times opinou que Thabo Mbeki deixa uma herança de falhanços significativos e oportunidades perdidas.

O New York Times alertou para o facto de o possível futuro presidente da África do Sul Jacob Zuma ter forte apoio entre os pobres mas - citamos - tem ainda que oferecer ideias sobre como melhorar as suas vidas. Acrescentou o New York Times:

“Qualquer presidente sul africano está destinado a viver à sombra de Nelson Mandela, um dos grandes heróis do século 20. Mbeki não passou o teste. Zuma terá que ser melhor”.

Palavras de um editorial do New York Times.

Temos ainda a salientar um outro editorial este do Christian Science Monitor titulado o próximo capitulo da África do Sul em que alerta para o facto de que ”as questões sobre Zuma são vitais porque o país que derrubou o apartheid há menos de 20 anos é vital para o futuro de África”.

O aumento dos actos de pirataria ao largo da Somália voltou na semana passada para as páginas dos jornais americanos. O Washington Post publicou uma extensa reportagem iniciada na sua primeira pagina, reportagem essa assinada por Ellen Knickmeyer e titulada ”numa rota vital um boom de pirataria”.

Escreveu a repórter do Washington Post:

“Piratas do estado falhado africano da Somália atacaram já este ano pelo menos 61 navios no golfo de Aden e seus arredores. Dezassete desses ataques ocorreram nas primeiras duas semanas de Setembro. No total de 2007 houve 13 ataques”.

A correspondente do Washington Post faz notar que na generalidade as companhias de navegação têm escolhido pagar os resgates exigidos para não arriscar danos ás suas mercadorias e navios.

Ellen Knickmeyer disse que o presidente francês Nicolas Sarkozi apelou á comunidade internacional para tomar medidas contra os piratas, mas que o comando da quinta armada dos Estados Unidos disse que a industria de navegação tem que fazer mais para se proteger incluindo contratar companhias privadas de segurança para proteger os seus navios.

Continuamos a passar em revista os jornais americanos.

É o nosso África na imprensa americana e temos que mencionar aqui uma reportagem de Tristan McConnell do CS Monitor sobre a situação na Libéria. A Libéria recorde se teve uma devastadora guerra civil que deixou o país sem as mínimas infra-estruturas incluindo por exemplo electricidade. Desde a eleição de Ellen Johnson Sirleaf contudo que o pais tem estado na via de recuperação. A presidente liberiana é muito popular entre a comunidade internacional e isso tem ajudado o país a receber continua ajuda internacional.

Mas o repórter do CS monitor escrevendo a partir de Monrovia afirma que algo de muito grave ameaça a estabilidade do país. escreveu ”McConnell:

”À superfície a Libéria parece um modelo para o desenvolvimento pós-conflito. Mas a corrupção generalizada ameaça destruir os avanços recentes”.

Palavras de uma reportagem do Christian Science Monitor titulada "A corrupção ameaça a estabilidade liberiana “.

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