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Londres Concede Visto a R. Marques


Rafael Marques viveu os 3 últimos anos na Inglaterra, onde obteve uma licenciatura em Antropologia pela universidade de Londres. Porém esta semana viu recusado à primeira, o pedido de renovação de visto.

O pedido era patrocinado pela universidade de Oxford , Inglaterra, onde deverá iniciar no próximo dia 1 de Outubro, uma pós-graduação em Estudos Africanos.

Rafael Marques diz que embora se tivesse apresentado com todos os documentos em dia, incluindo uma carta da universidade, prova de pagamento do curso e de condições para subsistência, o consulado britânico recusou-lhe o visto, alegando que ele não tinha condições para lá ir. Regressado há dois meses da Inglaterra, Rafael Marques tem dificuldades em entender a decisão do governo britânico.

Na quarta-feira, feriado nacional em Angola, Rafael Marques disse à Voz da América que< só os britânicos poderiam explicar as razões que os levaram a recusar a emitir o visto. De certeza que não é por falta de condições financeiras>.

Porém na quinta-feira ao fim da tarde, Rafael Marques recebeu um telefonema do consulado britânico dando conta de que lhe iriam conceder o visto. Aparentemente a universidade e outras instituições teriam intercedido a seu favor. O consulado britânico pareceu igualmente perturbado com o facto do assunto ter chegado à imprensa.

Esta foi a segunda vez que Rafael Marques viu recusado um visto de entrada na Grã-Bretanha. Em 2005 passou por situação idêntica apesar de também na altura estar registado numa universidade. Depois disso e em enquanto viveu na Inglaterra, entrava e saía três a quatro vezes por ano sem nenhum problema. De toda a forma o que aconteceu esta semana, acaba por ser uma repetição do se passou há 3 anos.

<Tinha todos os documentos em dia, mas o mais estranho é que o visto me foi recusado depois ter tido uma conversa com pessoal sénior da embaixada a propósito da sociedade civil angolana. Mais tarde disseram-me que a recusa tinha sido resultado de incompetência de funcionários angolanos, o que eu não acredito pois vistos são questões que dependem de britânicos, e não de angolanos>.

Rafael Marques diz também que há algum tempo vem experimentando dificuldades desta natureza a outros níveis.

< A Grã-Bretanha é um país soberano, e se acham que deve ser assim, terei que respeitar esta decisão, mas não deixa de ser frustrante que qualquer passo que tenha dar tenha que ser sempre uma luta cívica. Eu gostaria de poder ser um cidadão com os mesmos direitos que os outros. Sempre que se coloca a questão de um pedido de visto ou outra coisa mais simples, tem que haver barulho. Não saio, não entro, não fico, se peço emprego é um problema. Falo localmente censuram-se, falo lá fora, criam-me outros problemas..é uma situação complicada>.

Um funcionário do consulado britânico disse à Voz da América que não é norma comentar questões desta natureza.

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