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Timorenses não vão beneficiar de programa laboral australiano


Seis anos depois da independência, o Timor Leste continua submerso em ruína, numa pobreza opressiva, país onde o desemprego ultrapassa a casa dos 40 por cento. O Primeiro Ministro Xanana Gusmão esperava que o seu país pudesse beneficiar de um novo plano, que prevê a integração de 2 mil e 500 trabalhadores estrangeiros, da zona do Pacífico Sul, na força laboral australiana, muito embora em regime provisório.

Mas o Primeiro Ministro australiano, Kevin Rudd, informou os responsáveis leste timorenses que o seu país deverá esperar pelo menos mais um ano antes de participar no programa.

Kevin Rudd disse que os responsáveis do seu governo irão informá-lo - num relatório a ser publicado até o fim do ano - quanto à possibilidade dos trabalhadores migratórios leste timorenses participarem no plano.

A Australia poderá, ainda assim, disse Rudd, ajudar a treinar trabalhadores leste timorenses no seu próprio país.

O governante australiano reafirmou também o empenho do seu país para com Timor Leste no domínio militar, prometendo que Canberra será a longo prazo parceiro de confiança. Na terça-feira, o primeiro-ministro Gusmão encontrou-se também com entidades oficiais australianas de defesa.

A Austrália tem estacionado cerca de 750 tropas e 50 agentes da policia em Timor Leste, integrados numa força maior de manutenção de paz, de 2 mil e 500 homens, que ajudam a manter a lei e a ordem no país.

Em 2006, disputas faccionais dentro dos quadros militares leste timorenses conduziram a um surto de violência em que morreram 37 pessoas, tendo 150 mil outras fugido das suas casas.

Em Fevereiro do ano passado, elementos renegados das forças de segurança tentaram assassinar o Presidente leste timorense, José Ramos Horta, que ficou gravemente ferido no atentado, do qual escapou ileso o Primeiro Ministro Gusmão.

Timor Leste votou para se separar da Indonésia em 1999, num referendo que resultou numa vaga de violência que deu origem ao envio de milhares de capacetes azuis das Nações Unidas para a manutenção de paz no país. Timor Leste tornou-se independente em 2002.

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