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Tráfico de Drogas Corrói a África Ocidental


A Guiné Bissau é um dos países da África ocidental que poderá ser “capturada” pelos narco traficantes, avisou o director executivo do Departamento da ONU de combate à Droga e Crime, António Maria Costa.

Ao mesmo tempo, disse este dirigente da ONU, a campanha implementada em Cabo Verde contra os traficantes de droga é um exemplo a seguir pelos estados da região.

Num artigo hoje publicado na página de opinião do Washington Post Costa afirma que “a África Ocidental está debaixo de ataque” tendo-se tornado num centro “para o contrabando de cocaína da América Latina para a Europa”.

“Estados de que raramente se ouve falar, como a Guiné Bissau e a vizinha Guiné, estão em risco de serem capturados pelos cartéis de droga em conluio com forças corruptas no governo e com os militares”, escreveu o director de combate à droga da ONU.

António Maria Costa disse que actualmente cerca de 50 toneladas de cocaína são transportadas anualmente dos “países andinos” para a Europa através da África Ocidental “e isso é uma estimativa conservadora” pois a quantidades poderá ser “cinco vezes mais do que isso”.

Este dirigente da ONU fez referência ao recente incidente na Guiné Bissau em que vários estrangeiros foram presos, afirmando que “no aeroporto internacional de Bissau várias centenas de caixas foram descarregadas de um jacto”.

O director do Departamento da ONU referiu se em seguida às enormes insuficiências dos estados da África ocidental fazendo notar a ausência de radares, barcos de intercepção e mesmo veículos por parte da polícia.

“Os traficantes raramente são levados a julgamento; em alguns casos não há prisões para os colocar”, escreveu Costa que acrescentou que “há cinco anos atrás impediu uma crise em Cabo Verde, mas os cartéis mudaram as suas operações para a Guiné Bissau”.

Exortando os países da África Ocidental a assumirem o controlo das suas costas e espaço aéreo quer através de esforços nacionais ou com ajuda externa, António Maria Costa disse que “a cooperação entre entidades alfandegárias, guardas de fronteira, a polícia e agentes de combate aos narcóticos - como, por exemplo, nos portos e aeroportos - tornou Cabo Verde como um ponto de trânsito menos atractivo para os traficantes de droga. O mesmo método deveria ser adoptado noutras partes”, escreveu Costa que descreveu a cooperação regional como “vital” articularmente na troca de informações (intelligence).

“Contactos de trabalho” devem também ser estabelecidos entre os países de origem e destino das drogas, sugeriu António Maria Costa.

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