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Conversações de Doha Marcam Passo


As conversações de Doha sobre comércio foram prolongadas até quarta-feira, num esforço para salvar as negociações de entrar em colapso. Alguns países europeus expressaram preocupação sobre as concessões propostas que, estão em crer, poderão prejudicar grandemente os interesses dos seus agricultores. Cerca de 30 ministros do Comércio estão a tentar concluir um acordo destinado a dar um novo impulso à economia mundial.

As chamadas Conversações de Doha para o Desenvolvimento do Comércio têm vivido de crise em crise, durante os últimos sete anos. Estas conversações de nível ministerial são vistas como cruciais.

Os ministros do Comércio de 30 países estão a esforçar-se para chegar a um acordo sobre uma proposta colocada na mesa pelo mediador a Organização Mundial do Comércio, Pascal Lamy, o seu director geral. O compromisso envolve limites máximos para os subsídios agrícolas e limites para o tratamento especial dispensado aos países em desenvolvimento.

Vários países europeus, nomeadamente a França, a Itália e a Irlanda estão a fazer críticas a concessões feitas pelo negociador para o Comércio da União Europeia, Peter Mandelson, relativamente aos subsídios agrícolas. Aqueles países pensam que os cortes propostos foram longe demais e que podem prejudicar os seus agricultores. Mandelson argumenta que aqueles receios não fazem sentido: “Não há nada que estejamos a negociar neste acordo que irá minar qualquer sector da agricultura europeia. A indústria de carne bovina, à semelhança de outros sectores agrícolas europeus têm um grande futuro. Estou em crer que em resultado desta ronda ficarão equipados e fortalecidos para competirem eficazmente no mercado europeu e estou em crer que podem olhar para o futuro com confiança.”

Mandelson afirma que os acordos que têm vindo a ser negociados irão levar à abertura de mais mercados e à liberalização do comércio, o que irá beneficiar tantos os países desenvolvidos como os em desenvolvimento.

O proposto acordo visa reduzir os subsídios europeus em 80 por cento e cortar os apoios do governo americano à sua agricultura em 70 por cento, reduzindo o total para os 14 mil milhões de dólares. A proposta de compromisso apela também para a redução das tarifas alfandegárias das importações dos produtos agrícolas e industriais.

Vários países, incluindo os EUA, o Brasil, a Austrália e a Índia afirmam que alguns dos acordos colocados na mesa dão esperanças de que serão benéficos para a economia global.

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