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País de Gales e Estados Unidos Lutam Contra MRSA, CDI e Malária


O Serviço Nacional de Saúde do País de Gales anunciou que tem feito grande progresso na luta contra o MRSA, o chamado super-micróbio.

Este super-micróbio mostra-se imune à maioria dos antibióticos e tem proliferado em numerosos países. Nos Estados Unidos, ele tem atacado sobretudo as pessoas hospitalizadas.

No País de Gales, o Secretário de Saúde Alan Johnson fez recentemente declarações optimistas e informou que houve uma queda de 30 % nas infecções quando se compara o período 2007/2008 com 2003/2004. O objectivo das autoridades do País de Gales é diminuir pela metade, em futuro próximo, o índice de infecções pelo MRSA.

O Secretario Johnson afirmou: “estamos a combater as infecções em todas as frentes, com ênfase nos aspectos de limpeza; prevenção de abusos no uso de antibióticos; e isolamento de pacientes nos hospitais”. Johnson concluiu, entusiasmado “nossa estratégia está a dar resultados!”.

Outra infecção imune à maioria dos antibióticos é a doença causada pelo bacterium C difficile e que é adquirida sobretudo nos hospitais. Esta é a denominação cientifica em latim. Em inglês, a abreviação é CDI. A CDI causa diarréia e outras inflamações do cólon que podem até colocar a vida em risco. Ela é actualmente considerada como de carácter epidémico, e afecta 500 mil pessoas nos Estados Unidos, das quais 5 mil morrem anualmente.

As autoridades de saúde pública norte-americanas preocupam-se, não só devido ao aumento do número de casos, mas também pelo facto de que a infecção está a ter um impacto cada vez maior no organismo humano.

Essa bactéria representa um desafio, porque pode permanecer em objectos inanimados durante varias semanas ou meses. Afinal não se pode desinfectar tudo que existe num hospital.

E o aspecto mais difícil é que o C diff mostra-se resistente à maioria dos agentes desinfectantes utilizados rotineiramente nos hospitais. De qualquer forma, existe hoje nos Estados Unidos uma conscientização da necessidade de serem tomadas providências simples, de bom senso, para evitar a transmissão da doença.

Médicos, enfermeiras, assistentes são aconselhados a usar luvas e aventais especiais quando entram num quarto em que esteja internado um doente com CID. Isolar um paciente desse tipo em quarto separado é essencial. E não se deve esquecer da medida mais simples e que revela ser tão eficaz: lavar as mãos com frequência.

Boa noticia, porém, é que vários laboratórios farmacêuticos internacionais aceitaram reduzir em 30% o preço de um dos principais tratamentos existentes contra a malária, a artemisina, conforme anunciou a Fundação Bill Clinton, que facilitou o acordo.

O laboratório Novartis chegou a um entendimento com um consórcio formado por seis empresas chinesas e indianas a fim de baixar o preço da chamada “terapia combinada”, que tem por base a artemisina. Outro resultado será o de reduzir em 70% sua volatilidade no mercado mundial.

Em entrevista coletiva, o ex-presidente norte-americano Bill Clinton disse que "quase todas as vidas perdidas por causa da malária poderiam ter sido salvas com acesso a remédios eficientes".

Milhões de pessoas em todo o mundo precisam de um tratamento contra a malária a cada ano. Os acordos anunciados tornam o tratamento mais acessível em 69 países da Ásia, da África, da América Latina e do Caribe.

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