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Retirada das Tropas do Iraque, uma Medida Perigosa?


O chefe do estado maior das forças armadas americanas, o general Mike Mullen, afirmou que o estabelecimento dum calendário para a retiradas das forças americanas do Iraque poderia constituir uma medida perigosa. Acrescentou que qualquer retirada deve basear-se nas condições existentes no terreno.

O almirante Mike Mullen afirmou que o estabelecimento dum calendário para a retirada das forças americanas poderia pôr em causa os progressos feitos até agora no Iraque.

“Acho que as consequências poderiam ser perigosas. Estou convencido de que, neste momento, é muito importante que tomemos decisões que tenham por base as condições no terreno”, disse Mullen.

Durante uma entrevista ao programa da televisão americana “Fox News Sunday”, Mullen afirmou que 5 brigadas americanas deixaram o Iraque nos últimos meses à medida que a segurança foi melhorando. Acrescentou que há a possibilidade de mais reduções antes do termo do segundo mandato do presidente Bush em Janeiro próximo.

Mullen acrescentou dizendo que “se as condições continuarem a melhorar eu poderia ser capaz de recomendar ao presidente Bush no próximo Outono o prosseguimento da redução das forças”.

Entretanto, numa entrevista ̀a rede de televisão americana CNN, a secretária de estado americana Condoleezza Rice, afirmou que os iraquianos querem reunir as condições para poderem tomar entre mãos o sector da segurança. Acrescentou que Washington e Bagdad não estão a falar de calendários, mas sim a debater o papel dos Estados Unidos em termos mais amplos.

“Está a aproximar-se o dia em que as forças americanas começaram a participar cada vez menos em acções de combate. Está a aproximar-se o momento a partir do qual passaremos a providenciar mais treino e menos participação nos combates”, disse a secretária de estado.

Durante as suas declarações à rede de televisão FOX, o almirante Mullen salientou também que a situação no Iraque estava a melhorar. Reconheceu, contudo, que as condições no Afeganistão continuavam a ser preocupantes. Salientou que vários grupos extremistas e terroristas estão a unir as suas forças no difícil terreno montanhoso do norte do Paquistão e que estavam a infiltrar os seus combatentes através da fronteira afegã.

Segundo ele, “trata-se de um grande desafio para todos nós e já se verificou um impacto na nossa capacidade de progredir-mos no Afeganistão”.

O almirante Mullen falou ainda de altos e baixos na frente do Afeganistão, mas salientou que não seria acertado dizer que os Estados Unidos e os seus aliados da NATO estão a perder a guerra.


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