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Angola e EUA: Negócios Sem Pensar na China


Os Estados Unidos da América não estão apreensivos com eventuais ganhos que a China possa ter em Angola, e este não será um dos tópicos da visita que o subsecretário de estado para a Economia, Agricultura e Energia, Reuben Jefrrey efectuará a Angola a partir da próxima segunda-feira, disse Abigail Dressel secretária para a Informação e Cultura da embaixada dos Estados Unidos da América.

Washington acompanha a penetração chinesa em África, mas não vive obcecado com esta questão.

“Os Estados Unidos não estão preocupados porque reconhecemos o direito da China bem como de outras economias em procurarem negócios e oportunidades de comércio. Acreditamos que a China venha a ser um parceiro responsável em África, e noutras partes do mundo. Esperamos que a China venha a actuar de maneira a ajudar o fomento de um sistema global, e a promoção da paz e da realidade”.

Com a China fora da agenda, a importância da visita começa exactamente com o “ranking” de Reuben Jeffrey dentro da administração norte-americana.

“Reuben Jeffrey é o subsecretário de Estado para Economia, Energia e Agricultura. É o mais alto funcionário no sector económico. É igualmente o mais importante funcionário norte-americano a visitar Angola desde que o antigo secretário de Estado, Collin Powell passou por aqui em 2002. Ele vem cá basicamente para frisar novamente as metas dos EUA em Angola, ou seja, o nosso compromisso para que este país seja saudável, democrático, próspero, seguro e pacífico”.

Luanda e Washington negoceiam neste momento a agenda de Reuben Jeffrey. Porém independentemente dos interlocutores que vier a ter, Reuben Jeffrey deverá falar por onde passar do crescimento de investimentos norte-americanos em Angola.

A uma “provocação” sob a lentidão na expansão de negócios fora do sector petrolífero Abigail Dressel disse que se trata de uma percepção errada.

“Não concordaria totalmente com esta declaração. Os EUA já investiram milhões e milhões de dólares em gás e petróleo. Estamos a trabalhar com órgãos como a Câmara do Comércio EUA-Angola para levar investimentos a outras partes, e atrair empresas americanas o que às vezes é difícil. Recentemente um estudo do BM, intitulado “Doing Business”, colocava Angola em 167º lugar, num total de 183 países em relação às condições para se fazerem negócios em Angola. Às vezes é difícil fazer negócios em Angola. Nós sabemos que o governo de Angola está a fazer esforços criar condições para os investidores. Nós através da USAID também temos estado a trabalhar com o banco central. Por conseguinte acreditamos que esta visita venha a mostrar aos investidores americanos que há oportunidades em Angola. O subsecretário vai falar disso nos encontros que manterá aqui, tanto junto do governo como de agentes privados”.

Reuben Jeffrey número 3 do departamento de Estado, chegará a Angola na segunda-feira. Antes dele passaram por Luanda, duas vezes Jendayi Frazer subsecretária de estado adjunta para os assuntos africanos e o general William Ward comandante do AFRICOM, Comando Africano.

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