Links de Acesso

O MRSA Super-micróbio


RENATO - Recentemente dissemos que o MRSA não é o único super-micróbio a causar preocupações. Existe um outro que esta a circular e a causar infecções que a maioria dos antibióticos não consegue tratar.

ANA- Trata-se, com efeito, do Steno/trophomonas/maltophilia, popularmente conhecido como Steno.

RENATO- Houve 671 casos registados na Grã-Bretanha em 2007, mas a contagem na realidade só abrangeu a Inglaterra, e deixou de cobrir Escócia, Pais de Gales e Irlanda do Norte.

ANA- Merece destaque o facto de que um terço dessas infecções resultou na morte do doente. Apenas um antibiótico, o cotrimoxazole, tem alguma eficácia no controle do Steno.

RENATO- No entanto, um artigo publicado no British Medical Journal, de autoria de especialistas de uma agência governamental, afirma que tem havido exagero no noticiário referente ao risco que o Steno apresenta para a saúde pública.

ANA- É, Renato, eles argumentam que o numero de infecções é pequeno, em comparação com as causadas pelo MRSA, e que elas podem ser tratadas com razoável sucesso.

RENATO- Mas, Ana, nem todo o mundo concorda com a posição dos especialistas do Governo. O dr. Mathew Avison, por exemplo, que é um dos mais destacados estudiosos do Steno, alega que o número de infecções não é tão pequeno assim...

ANA- ... E aponta que "um por cento de um número grande de infecções não pode ser negligenciado".Acha que existe, portanto, motivo justificado de preocupação.

RENATO- O dr. Avison chama a atenção para o facto de que somente um antibiótico é capaz de tratar, na Inglaterra, o mal causado pelo Steno.

ANA- Mas ele e outros médicos estão preocupados com a possibilidade de que o referido antibiótico acabe por se tornar inoperante. Foi o que já aconteceu na Europa e na América do Sul.

RENATO- Ana, falemos agora de uma pesquisa feita aqui nos Estados Unidos sobre os esforços dos trabalhadores de saúde para controlar as crescentes infecções pelo MRSA.

ANA- 76 por cento dos interrogados informaram que foram tomadas providências adicionais para prevenir a transmissão do chamado super-micróbio.

RENATO- No entanto, 54 por cento acharam que as providências tomadas não foram suficientes, e que algo mais precisaria ser feito.

ANA- A pesquisa foi realizada pela Associação de Profissionais do Controle de Infecções e Epidemiologia (APIC). A directora executiva da entidade, dra. Kattie Warie, declarou que ficou animada diante do facto de terem sido tomadas medidas extraordinárias para conter o MRSA.

RENATO- Ela acrescentou que o resultado da pesquisa mostrou que muitas instituições americanas estão na direcção certa.

ANA- Mas, conforme dissemos, um certo número dos participantes da pesquisa admitiu que nem sempre, por falta de recursos ou outros motivos, foram tomadas as providências adequadas.

RENATO- Exacto, Ana. Entre as providências que não foram tomadas eles citaram a contratação de mais pessoal para reforçar o quadro de funcionários de saúde; o uso de tecnologia avançada de vigilância e... vejam só, um programa rigoroso de lavagem das mãos.

ANA- É incrível, Renato, mas temos aqui reproduzido declarações de especialistas no sentido de que a lavagem das mãos – uma coisa tão simples e eficaz !- é frequentemente negligenciada nos hospitais e consultórios médicos.

RENATO- Estatísticas divulgadas somente agora mostram que em 2006 a esperança de vida nos Estados Unidos alcançou, pela primeira vez, o nível de 78 anos.

ANA- Os números revelam também um declínio no número de casos fatais causados por 8 das 10 principais causas de morte no país.

RENATO- Para citar apenas alguns exemplos, o maior declínio ocorreu com relação à gripe e à pneumonia ( 12.8 por cento) . No que diz respeito ao derrame, a redução foi de 6.4 por cento; da hipertensão, 5 por cento; do cancro, 1.6 por cento

ANA- Uma esperança de vida de 78 anos é uma boa coisa. É preciso dizer, contudo, que os Estados Unidos não estão em primeiro lugar no mundo nesse campo.

RENATO- Isso mesmo, Ana. No Japão, a esperança é de 83 anos. Na Suíça, França e Austrália, ela é superior a 80 anos.

ANA- Bem, vamos à Índia, que está a atravessar uma fase crucial no combate contra a pólio. A Organização Mundial de Saúde está a observar com atenção o que passa naquele país, pois o resultado vai influenciar a campanha global contra a doença.

RENATO- No momento, as noticias não são boas. Até agora, neste ano de 2008, o número de casos de pólio na Índia atingiu 268, o que a coloca em segundo lugar no mundo.

ANA- Em primeiro lugar, vem a Nigéria, com 272 casos.

RENATO- O que atenua um pouco o lado mau da noticia é que na Índia o maior numero de casos foi causado pela estirpe número 3 do vírus da pólio, que não é tão perigosa quanto a número 1.

ANA- Desde que a Organização Mundial de Saúde intensificou a luta contra a pólio com o objectivo de erradicar a doença, o número de casos, que era, em 1951, de 350 mil em mais de 135 países endémicos, caiu para apenas 1.313 no ano passado.

RENATO- Outra coisa: já imaginou, Ana, quanto conselhos foram dados até hoje sobre como emagrecer?

ANA- Um número interminável, Renato. E vamos acrescentar mais um: cientistas do Hospital das Clinicas de Caracas, na Venezuela, em parceria com a Universidade de Virgínia, aqui nos Estados Unidos, constataram que um pequeno almoço reforçado no começo do dia é um meio eficiente de diminuir o peso.

RENATO- O resultado foi divulgado por ocasião do encontro anual da Sociedade de Endocrinologia, em São Francisco, Califórnia, na semana passada.

ANA- A pesquisadora Daniela Jakubowicz, do Hospital de Clínicas de Caracas, disse aos presentes no encontro de San Francisco que comer pouco no dejejum da manhã pode fazer com que a pessoa sinta necessidade de comer mais durante o dia..

RENATO- Em um estudo com 94 mulheres obesas e pouco activas, Jakubowicz comparou os resultados alcançados com uma dieta que incluía café da manhã reforçado com os verificados em uma dieta pobre em carbo hidratos.

ANA- No final de um período de 8 meses, as participantes que comeram um pequeno almoço farto perderam 21 por cento de peso, enquanto as outras perderam apenas 4. 5 por cento.

XS
SM
MD
LG