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Zimbabwe: EUA Querem Data Específica para Eleições


Os Estados Unidos apelaram ao governo do Zimbabwe para que estabeleça uma data para a realização da segunda volta das eleições presidenciais e para que dê passos para assegurar a integridade do processo. Ontem, o governo de Harare declarou que a votação poderá ser adiada até Julho.

Responsáveis do Departamento de Estados americano reconheceram que as actuais condições de segurança não permitiriam uma segunda volta justa e segura das eleições presidenciais zimbabweanas. Lamentaram, contudo, o adiamento por tempo indeterminado, afirmando que o governo de Harare devia marcar uma data específica e adoptar medidas que garantam que a votação se insira nos padrões internacionais.

Os zimbabweanos foram às urnas no dia 29 de Março, mas os resultados oficiais só foram divulgados a 2 de Maio. Segundo aqueles resultados, o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, conseguiu derrotar o presidente Robert Mugabe sem, contudo, ter alcançado a maioria necessária para evitar uma segunda volta. A lei eleitoral prevê a realização da segunda volta no prazo de 21 dias depois da publicação dos resultados oficiais. No entanto, foi ontem anunciado que esse período foi prorrogado por 90 dias, querendo isso dizer que a votação poderá realizar-se apenas em Julho.

Tom Casey, porta-voz do Departamento de Estado, afirmou que uma data firme deve ser anunciada, assim como os passos necessários para garantir a integridade da votação. Segundo Casey, essas medidas deviam incluir a proibição da interferência dos militares no processo eleitoral, a admissão de observadores eleitorais internacionais e a garantia da liberdade de expressão. Disse Casey: ”Acho que há uma lista de coisas que o governo do Zimbabwe pode e deve fazer, se pretende realmente realizar uma segunda volta justa e livre. Este atraso apenas vem salientar que o governo não está a dar os passos necessários.”

A Secretária de Estado Assistente dos Estados Undios para os Assuntos Africanos, Jenadyi Frazer, disse, esta semana, que as medidas deviam ainda incluir garantias de segurança para Tsvangirai. Por outro lado, o porta-voz do Departamento de Estado afirmou que os Estados Unidos apresentaram uma nota de protesto oficial, queixando-se de tratamento pouco apropriado . Por duas vezes, na terça-feira, a polícia reteve e sujeitou McGee e vários dos seus colegas a uma série de perguntas, depois dos diplomatas terem visitado um hospital nos arredores de Harare onde se encontram pacientes da recente violência post-eleitoral.

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