Centenas de líderes empresariais da África e dos Estados Unidos vão reunir-se no próximo mês de Outubro na cidade americana de Atlanta. Este forum, de três dias de duração, tem por objectivo colocar em destaque o potencial do continente africano em matéria de negócios.
Os organizadores afirmam que a Cimeira Empresarial Estados Unidos-África constituirá uma plataforma para os investidores americanos e os seus parceiros africanos estreitarem os seus laços. Tunde Adetungi, um americano de origem nigeriana e presidente da Fundação ”African Heritage”, a principal entidade patrocinadora da cimeira, afirmou que a conferência apresentará aos investidores americanos às múltiplas oportunidades de negócios em África: ” A África é o berço da civilização, mas pouco ou nada se conhece do potencial de África. Esta conferência permitirá que mais pessoas se inteirem das áreas em que podem participar na economia africana. Estou a falar daquilo que a África necessita agora , nos sectores dos transportes, dos cuidados de saúde, da produção de energia, da exploração petrolífera, do vestuário e da alimentação.”
Este forum, que se prolongará por três dias, incluirá sessões específicas relacionadas com os vários sectores de negócios para analisar oportunidades de negócios. A Cimeira de Atlanta incluirá, igualmente, uma importante exposição comercial onde os participantes, tanto africanos como americanos, apresentarão os seus produtos, serviços e oportunidades de negócios.
A União Africana é também um dos patrocinadores da cimeira e Tunde Adetunji, afirma que esta iniciativa é uma das melhores oportunidades para promover os negócios e os laços comerciais entre os Estados Unidos e o continente africano. Diz Adetunji : ”Visto que esta conferência é patrocinada pela União Africana, prevemos a participação da totalidade dos seus 53 países. Esperamos a participação de investidores privados, empresários, câmaras de comércio, exportadores e fabricantes. Acho que a troca de pontos de vista beneficiará as duas partes.”
A aprovação, nos Estados Unidos, da Lei sobre o Crescimento e Oportunidades em África, conhecida pela sigla AGOA, aumentou substancialmente as oportunidades para os investimentos americanos na exploração agrícola em África. Aquela lei já fez aumentar o comércio bilateral entre os Estados Unidos e a África sub-saariana em 17%, entre 2005 e 2006, atingindo um volume de negócios de mais de 70 mil milhões de dólares. Nesse período, as importações americanas de África ascenderam a 60 mil milhões de dólares, enquanto as exportações americanas para o continente atingiram os 12 mil milhões de dólares.