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Reduzir a Pobreza Global


De acordo com uma organização internacional de parlamentares, os deputados em todo o mundo não estão a fazer o suficiente para reduzir a pobreza global.

Deputados de mais de 120 países participam esta semana na Cidade do Cabo, na África do Sul, na reunião anual da União Inter-Parlamentar.

A centésima-décima oitava assembleia da União Inter-Parlamentar começou com uma nota sombria, mostrando diapositivos de crianças africanas pobres. Intervenientes afirmaram que o mundo está atrasado nos objectivos do Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas para reduzir a pobreza e a fome.

O presidente sul-africano Thabo Mbeki disse aos delegados que eles não podem basear-se no crescimento económico global para ajudar os pobres.

‘A redução da pobreza requer transferencia de recursos significativos e sustentados dos países ricos para os países mais pobres. E essas transferencias não acontecerão automaticamente, conduzidos pela operação de forças do mercado.”

Os objectivos do Milénio apelam para os países mais ricos a contribuírem com sete por cento do Produto Interno Bruto para ajuda internacional. Apenas um pequeno numero de presidentes e primeiros-ministros propuseram orçamentos englobando aquela percentagem, por isso os deputados presentes à conferencia afirmaram ser altura de se pressionar nesse sentido.

Baleka Mbete é o presidente da Assembleia Nacional da África do Sul.

“Criou-se a ideia entre os parlamentares em todo o mundo que não temos dado atenção à política externa dos governos e que falhamos em garantir que as pessoas que representamos estão articuladas com essas políticas. Devemos como parlamentares reivindicar o nosso papel como fiscalizadores do governo”.

De acordo com o secretario-geral da União Inter-Parlamentar, Anders Johnsson, os parlamentares devem debater sobre como e que ajuda externa deverá aumentar e ser gasta.

“O que vemos aqui é um esforço para garantir que os parlamentos coloquem pressão política sobre os países do norte que ainda não cumpriram os objectivos e aos países recipientes garantir que haja um escrutínio parlamentar sobre o uso dos fundos de ajuda.”

A União Inter-Parlamentar não tem autoridade para forçar os países a actuarem. Uma instituição que promove o diálogo, por isso os parlamentares podem aprender uns com os outros. Mas sobre o assunto da pobreza, os organizadores da conferencia dizem que muito debate há ainda por fazer.

O antigo presidente sul-africano Nelson Mandela disse aos delegados à conferencia da União Inter-Parlamentar que a eliminação da pobreza deve ser vista não como um gesto de caridade, mas sim como um acto de justiça colectiva.

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