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O Zimbabwe em Destaque na Imprensa dos EUA


Como sempre, à segunda-feira, vamos apresentar o nosso “África na Imprensa Americana”. É o programa semanal em que passamos em revista os principais jornais americanos para vermos como é que a situação em África ou as questões relacionadas com o continente estão a ser reportadas e comentadas aqui nos Estados Unidos.

Na semana finda, a situação no Zimbabwe foi, como seria de esperar, aquela que mais atenção mereceu nos jornais americanos. sobre as eleições e os seus resultados.

Talvez seja, de certo modo surpreendente, mas poucos tiveram comentários sobre essas eleições porventura devido ao facto de que, na semana que antecedeu as eleições, muitos desses jornais deram a sua opinião sobe a questão.

O “Washington Post” publicou, contudo, na semana passada, um editorial em que sublinhou a importância que os países vizinhos têm em garantir que os resultados serão respeitados e que não haverá fraude nas mesmas.

Disse o “Post” que - citamos - ”durante muitos anos, o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, e outros dirigentes da Comunidade Desenvolvimento da África Austral, SADEC, toleraram os crimes de Mugabe. Quando muito, opinou o jornal , deram-lhe um toque muito suave para o levar a parar a repressão e a aceitar reformas modestas. Acrescentou o jornal:

”Se os membros da SADEC insistirem que Mugabe publique e aceite os resultados conhecidos e se lhe disserem que será isolado se usar força contra protestos pacíficos da oposição, poderão então, provavelmente, levar o seu vizinho a uma mudança histórica e necessária. Se tolerarem mais uma fraude e o fortalecimento de Mugabe, a vergonha será deles”.

Palavras de um editorial do “Washington Post”, a exortar os países da SADEC a terem uma posição mais forte face a Robert Mugabe.

No “New York Times”, Heidi Hoilland, que recente escreveu um livro sobre Robert Mugabe, intitulado “Jantar com Mugabe”, exortou o Ocidente a ter uma política de maior diálogo com o presidente zimbawiano. Escreveu Holland:

“Anos de isolamento e de sanções ineficazes de que ele fez uso na sua propaganda, apenas levaram Mugabe a ser mais negativo. Intensificar o que tem sido feito até agora apenas terá efeitos contraproducentes. Quer Mugabe seja reeleito e permaneça no poder, quer alcance os seus objectivos através de meios fraudulentos e precise de ser convencido a abandonar o poder, uma estratégia de envolvimento é a única opção viável”.

Palavras de Heidi Holland, autora do livro “Jantar com Mugabe”, que terminou o seu comentário afirmando - e citamos - que todos os esforços devem ser feitos para se estabelecer, a nível internacional, uma conversa com o ditador.

Já o “Los Angeles Times” escolheu escrever um editorial sobre a ajuda americana aos programas de combate à SIDA em África e no resto do mundo, fazendo notar que a generosa proposta orçamental do presidente Bush para uma ajuda de 30 mil milhões de dólares durante cinco anos foi aumentada pela Câmara dos Representantes para 50 mil milhões algo que, segundo diz, deverá ser apoiado pelo Senado.

Para o “Los Angeles Times”, este orçamento de luta contra a SIDA assinala o que chama de ”mudança dramática na atitude dos Estados Unidos na ajuda ao estrangeiro”.

Acrescentou jornal: ”Gostaríamos de concluir que isto reflecte a compreensão de que salvar vidas e reconstruir economias destruídas pela doença é um melhor meio de melhorar a segurança e estabilidade global do que bombardeamentos”.

Palavras de um editorial do “Los Angeles Times” intitulado: ”Mais ajuda externa para a SIDA”.

E, finalmente um artigo interessante do “Christian Science Monitor”. Todos nós sabemos das notícias da onda de imigração ilegal de africanos para a Europa onde procuram trabalho e asilo. Pois esse é agora uma problema crescente em Israel... Numa reportagem datada de Telavive, o correspondente Joshua Mitnick escreveu:

“O que começou há dois anos atrás, com a entrada lenta de refugiados vindos de Darfur e do Sudão, que atravessavam as fronteiras ilegalmente, tornou-se agora numa onda constante de imigrantes ilegais. Entre cinco mil e seis mil enchem já as prisões israelitas”.

Citámos um artigo de Joshua Mitnick sobre a entrada em Israel de um crescente numero de imigrantes ilegais provenientes de África.

É tudo neste “África na Imprensa Americana”.

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