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Ramos Horta Tem Respondido a Tratamentos


O presidente de Timor Leste, José Ramos Horta, saiu de um estado de coma artificial 10 dias depois de ter sido atingido a tiro numa tentativa de assassínio. Médicos de um hospital australiano onde Ramos Horta está internado disseram que o presidente leste timorense fez bons progressos, embora continue em estado grave.

Ramos Horta foi sujeito a cinco operações na semana passada no Hospital Real de Darwin e os seus médicos disseram que ele terá ainda de ser submetido a algumas pequenas intervenções cirúrgicas.

Os médicos revelaram que Ramos Horta tem respondido bem aos tratamentos, mas que continua na unidade de cuidados intensivos e ainda e cedo para saber quando é que irá ter alta do hospital.

O Dr. Len Notaras disse que Ramos Horta está a reganhar a consciência por fases.

“Ele está gradualmente a recuperar a consciência à medida que os sedativos estão a ser reduzidos tendo já falado com o pessoal medico que o assiste assim como com alguns familiares mais próximos. O seu estado de saúde nesta fase é ainda grave.”

O presidente Ramos Horta foi atingido duas vezes nas costas e no peito no dia 11 de Fevereiro num ataque efectuado por rebeldes em Dili. O primeiro-ministro Xanana Gusmão foi alvo de uma emboscada no mesmo dia, mas escapou ileso.

Ambos os ataques foram feitos por seguidores do major rebelde Alfredo Reinado, que foi morto durante o assalto à residência de Ramos Horta.

Foram emitidos mandatos de captura contra 17 pessoas suspeitas de terem estado envolvidas nas tentativas de assassínio contra o presidente e o primeiro-ministro leste timorenses.

Militares da Austrália, Portugal, Malásia e Nova Zelândia foram enviados para Timor Leste em 2006 para por fim aos confrontos entre elementos renegados das forcas de segurança leste timorenses – também lideradas por Alfredo Reinado – e unidades leais ao governo.

As tentativas de assassínio de Ramos Horta e Xanana Gusmão levaram a Austrália a enviar mais 200 soldados e policias para Timor Leste por entre receios de mais agitação. As tropas internacionais estão actualmente a vasculhar áreas ao redor de Dili na busca dos assaltantes, agora liderados pelo tenente Gastão Salsinha, depois da morte do major Alfredo Reinado.

Entretanto, o governo de Timor Leste pediu hoje o prolongamento do estado de sitio actualmente em vigor, em reunião extraordinária de Conselho de Ministros.

O pedido de extensão do estado de sitio, se for aprovado no parlamento, deverá modificar as horas do recolher obrigatório para o período entre as 10 da noite e as seis da manhã, segundo fonte oficial do governo. Actualmente o recolher obrigatório e entre as oito da noite e as seis da manhã.

O estado de sítio foi decretado inicialmente por 48 horas, mas depois foi prolongado por mais 10 dias, até 23 de Fevereiro.

Paralelamente, o Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje em Nova York para analisar a situação em Timor Leste e o mandato da Missão das Nações Unidas no país.

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