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Prolongamento do Estado de Sítio


Em Timor Leste o parlamento nacional aprovou o prolongamento do estado de sítio com recolher obrigatório por mais dez dias. Ao mesmo tempo o governo está a preparar mandatos de captura contra vários homens que se pensa terem estado envolvidos nas tentativas de assassinato do presidente José Ramos Horta e do Primeiro Ministro Xanana Gusmão.

O governo de Timor Leste está a planear ordenar a prisão de 18 rebeldes que alegadamente estiveram envolvidos nas tentativas de assassinato de José Ramos Horta e Gusmão.

Ramos Horta foi gravemente ferido enquanto Gusmão escapou ileso.

Um dos mandatos de captura é contra Gastão Salsinha comandante de cerca de 600 soldados que foram desmobilizados em 2006 depois de entrarem em greve reivindicando melhores salários.

O jornal australiano Sidney Morning Herald disse hoje que entre os reforços australianos e da Nova Zelândia enviados para a ilha se encontram membros da unidade de élite SAS que estarão encarregues de tentar capturar elementos envolvidos na tentativa de assassinato.

O jornal disse que fontes próximas das investigações indicaram que o plano inicial era o de raptar os dois dirigentes e não de assassiná-los.

Ao mesmo tempo o comandante interino da policia da ONU em Timor Leste afirmou que duas equipas de investigação aos ataques interrogaram 11 testemunhas e que foram emitidos quatro mandatos de captura relacionados com o duplo atentado.

As duas equipas de investigação que integram elementos da policia da ONU e da policia nacional de Timor Leste recolheram também vários documentos e apreenderam vários cartões de uso em telemóveis.

O chefe da missão da ONU em Timor Leste Atul Khare afirmou em Dili que será a favor de uma comissão internacional de inquérito aos ataques se isso for apoiado pelas autoridades timorenses.

A agencia de noticias portuguesa Lusa disse que o presidente do parlamento Fernando La Sama Araújo que deveria assumir hoje a presidência interina do país é a favor de uma comissão internacional de inquérito.

Ramos Horta está ser tratado no Hospital Real de Darwin na Austrália para onde foi aéreo transportado de emergência na segunda feira.

Ramos Horta foi submetido já a duas cirurgias uma delas a um pulmão e a analise medica indicou que sofreu três ferimentos causados por duas balas uma das quais atravessou o seu corpo.

O Dr Len Notaris disse estar esperançado que o dirigente timorense recupere embora tenha sublinhado que o seu estado é por agora grave.

‘Seria insensato estar nesta altura demasiado confiante. Ainda estamos nos dias iniciais. Continuamos a manter um alto nível de vigilância, fazendo uso de conhecimentos clínicos pelos quais somos reconhecidos nacional e internacionalmente’.

Outro medico envolvido no tratamento de José Ramos Horta, o doutor Phil Carson disse que o presidente timorenses está a recuperar bastante bem e que apesar de estar ainda em estado grave poderá recuperar sem problemas funcionais a longo prazo.

Os médicos afirmam que vai demorar pelo menos três semanas até Ramos Horta poder regressar a Timor e cerca de seis meses antes de estar totalmente recuperado.

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