O anúncio pelo presidente José Eduardo dos Santos de que as próximas eleições parlamentares deverão ter lugar a 5 e 6 de Setembro próximo, retirou à oposição o argumento de que o governo de Angola não estava interessado em submeter-se ao voto.
Apoiada no facto de que o orçamento para 2008 não contem valores específicos para a realização das eleições, a oposição, com uma frequência quase semanal acusava o partido no poder de não estar a ser sério quando falava de eleições. Nem mesmo os pronunciamentos do presidente José Eduardo dos Santos, em Angola e no estrangeiro tranquilizavam a oposição, que tal como São Tomé queria ver para crer.
Porém uma fonte governamental contactada pela Voz da América, disse que o valor para as eleições depende de um pronunciamento da Comissão Nacional das Eleições relativo à logística para a sua realização. Desta farão parte, oficiais das mesas de voto, estimados em mais de 100 mil, transporte etc etc. <Só aí se poderá determinar quanto se gastará com as eleições>.
De acordo com as fontes da Voz da América, o governo criou, ainda assim, um fundo de reserva, de onde sairá o dinheiro para a realização das eleições. De acordo com as nossas fontes, houve da parte da oposição, má fé de uns, e falta de conhecimento de outros. Por outro lado, as autoridades observam que a maioria dos partidos que reclama fundos para a sua actividade não presta contas. <Estão nesta situação, a maior parte dos partidos sem assento parlamentar>.