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Rice: Cimeira de Annapolis É Ponto de Partida


A Secretária de Estado Condoleezza Rice afirmou, ontem, ver na Cimeira de Annapolis sobre o Médio Oriente, a realizar na próxima semana, como o lançamento de uma iniciativa destinada a encontrar uma solução de dois Estados entre Israel e a Palestina.

Representantes de perto de 50 países foram convidados a participar na cimeira, que arranca na próxima terça-feira.

Rice disse que foi decidido que não e vai tentar resolver os principais aspectos de um acordo de paz, mas, sim, fazer com que a conferência sirva como base para o início de negociações finais entre israelitas e palestinianos, ultrapassando um período de impasse que dura há sete anos.

Numa conversa com jornalistas, após o anúncio formal da conferência, Rice disse ter esperanças de que um acordo final possa ainda ser alcançado antes de terminar o mandato do presidente Bush:

“As partes envolvidas nas negociações disseram que vão fazer esforços para concluir as negociações ainda durante este mandato presidencial. E não é segredo nenhum que isso significa um prazo de um ano. Há uma coisa certa no sistema americano: nós sabemos precisamente quanto tempo é que o presidente vai estar no seu gabinete. Portanto, vamos tentar fazer que tudo esteja concluído no espaço de um ano. Não o podemos garantir, já que tudo o que se pode fazer é fazer o melhor possível”.

Em contraste com esforços diplomáticos anteriores, que estiveram centrados nos principais intervenientes da disputa no Médio Oriente, a administração Bush pediu a quase 50 países e organizações internacionais para participarem na Cimeira, juntamente com Israel e os palestinianos.

Países árabes importantes, que não mantém relações diplomáticas com Israel, foram também convidados e deverão participar, incluindo a Arábia Saudita e a Síria. Mas, o movimento radical palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza e rejeita o diálogo com Israel, não participará.

Rice sublinhou que, no seu papel enquanto dirigente da Organização de Libertação da Palestiniana e presidente palestiniano , o Mahmoud Abbas tem poderes para negociar em nome de todos os palestinianos, incluindo o Hamas, e que o processo para se estabelecer um Estado palestiniano, a ser iniciado na reunião de Annapolis, vai fortalecer os moderados palestinianos: “Não é a primeira vez em política internacional ou na História que um governo legítimo não controla todo o seu território. Mas, penso que as forças moderadas, as forças que acreditam numa solução de dois Estados, com base na negociação e não na violência vão estar numa posição mais forte, quando se tornar claro que há uma perspectiva realista para a criação de um Estado palestiniano”.

Rice disse ainda que espera uma grande presença de ministros dos negócios estrangeiros de países árabes e maioritariamente muçulmanos, em Annapolis, para fortalecer a posição política de Abbas e assegurar a Israel que fazer a paz com os palestinianos vai abrir as portas ao fim de um conflito mais alargado com o mundo árabe.

Uma decisão sobre a participação de países árabes deverá ser tomada numa reunião especial da Liga Árabe, a realizar no final desta semana, no Cairo. O presidente Bush está pessoalmente envolvido em tentar angariar apoio para a reunião, tendo falado, ontem, pelo telefone, com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, com o presidente Abbas e com o chefe do governo israelita, Ehud Olmert.

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