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Economia Africana a Par do Resto do Mundo


O Banco Mundial afirma que a taxa de crescimento económico na África Sub-Sahariana ultrapassou uma fase difícil e, depois de décadas de estagnação, está a acompanhar o ritmo do resto do mundo. Esta declaração foi feita no relatório anual do Banco Mundial sobre as economias africanas e foi tornado público, na quarta-feira, em Joanesburgo.

A directora do Banco Mundial para a África Austral, Ritva Reinikka, disse que algo de novo se vislumbra no horizonte de África, um fenómeno que começou a ser observado em meados dos anos 90: “Muitas economias africanas parecem ter ultrapassado uma fase crítica e entrou num caminho de um crescimento mais rápido e mais permanente. E, pela primeira vez, em três décadas África está a crescer em paralelo com o resto do mundo.”

Ritva afirma que a taxa de crescimento anual de mais de cinco por cento, entre 1995 e 2005, invertendo vinte anos de estagnação e declínio entre 1975 e 1995. Os indicadores do Banco Mundial prevêem que estas taxas de crescimento continuem durante o próximo ano.

O economista chefe do Banco Mundial para África, John Page, disse que, pela primeira vez, as economias africanas estão a crescer à mesma taxa de outras nações em desenvolvimento e que, pela primeira vez, estão a crescer um ritmo mais rápido que os países desenvolvidos.

John Page interroga-se se a nova tendência é resultado de boas políticas ou do que ele designa por boa sorte resultante de um aumento sustentado do comércio e do investimento estrangeiro em toda a economia global. Disse Page: “O nosso julgamento sumário é de que existe um bocado das duas. Mas, boas políticas tornaram possível para que os países africanos aproveitassem as oportunidades oferecidas pelo actual ”boom” das mercadorias de uma forma que não tinha sido capazes em décadas anteriores.”

Page adianta que as políticas de muitos governos africanos reduziram a inflação e dos deficits orçamentais, estabilizando as taxas de câmbio e do repagamento das dívidas externas. Page acrescentou que estas políticas, a par de uma boa governação e a uma redução das taxas aduaneiras, ajudaram os países africanos a ultrapassar situações económicas difíceis.

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