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Tudo a Postos  para a Cimeira Europa-África


Responsáveis da União Europeia anunciaram que está tudo a postos para a concretização da Cimeira União Europeia- União Africana, que vai ter lugar em Dezembro em Lisboa. No entanto, as autoridades senegalesas afirmaram, durante uma reunião com líderes da União Europeia, realizado em Dacar, na quarta-feira, que querem ter a certeza que a cimeira irá produzir resultados concretos para África e não apenas promessas de ajuda.

O MNE de Portugal, Luís Amado, falando em Dacar disse que foram tomadas importantes decisões em Accra, onde um dos encontros para planificar a cimeira teve lugar esta semana, colocando frente a frente representantes da União Europeia e da União Africana.

Luís Amado manteve conversações com o presidente senegalês, Abdoulaye Wade e com o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio.

Gadio, falando em nome do presidente Wade afirma que o Senegal quer garantias de que a cimeira conjunta de Dezembro irá trazer consequências reais para o continente.

Gadio afirma que se esta cimeira se limitar a fazer declarações de princípio não será benéfica para o relacionamento África-Europa.

Gadio disse, ainda, que o governo do Senegal quer saber que resultados concretos será capaz de anunciar no fim da cimeira, especialmente na área das infra-estruturas. E fez saber que o Senegal ainda não está satisfeito com os termos de um proposto novo acordo económico entre a Europa e a África Ocidental, o qual deverá ser confirmado até ao fim do ano.

Muitos receiam que o novo acordo abra os mercados africanos a mercadorias baratas da Europa, prejudicando as indústrias africanas já de si em situação difícil.

Gadio apelou para um adiamento, fazendo eco de uma posição assumida pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Corresponder às necessidades energéticas de África e às mudanças climáticas são outros temas que deverão ser debatidos no âmbito da cimeira.

A cimeira gerou controvérsia uma vez que o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou que não iria participar no evento, caso Robert Mugabe esteja presente. Mugabe é acusado de violações dos Direitos Humanos e de repressão política.

Representantes da União Europeia afirmaram, esta semana, que deverá ser enviado um convite a Mugabe, uma decisão que é apoiada pela União Africana.

Enquanto os países europeus procuram consolidar

com África em resposta à crescente influência da China no continente, o MNE senegalês afirma acreditar que a Cimeira de 8 e 9 Dezembro poderá ser determinante para o futuro das relações entre a União Europeia e a União Africana.

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